O jornal Valor Econômico revela, em sua edição do último dia 9, que o Paraná é, em 2017, o único estado brasileiro que obteve aval da União, através da Secretaria de Tesouro Nacional, para contrair empréstimos externos.
Além de sua importância financeira, este aval representa uma distinção muito significativa. Ela ocorre em um período em que o Tesouro Nacional vem restringindo a prestação de garantias aos entes federados. Ele também serve para dissipar, de vez, um mito odioso cultivado nos anos petistas.
Nosso estado sofreu, durante longos anos, a mais detestável discriminação sob a batuta da ex-presidente Dilma Rousseff e de Gleisi Hoffmann (PT-PR) que, primeiro na condição de ministra-chefe da Casa Civil e depois como senadora, nos moveu uma selvagem perseguição econômica.
Durante os dois mandatos de Dilma fomos impedidos de receber qualquer tipo de financiamento sob o pretexto que não teríamos a solvência necessária para honra-los. Nem mesmo empréstimos concedidos pela União a todos os estados eram liberados para o Paraná. Alegava-se mentirosamente que não poderíamos paga-lo o que nos causou prejuízos de toda ordem. Havia uma disposição expressa de cortar o oxigênio financeiro do estado.
A questão dos empréstimos agora está sendo avaliado por um critério objetivo, sem questionamentos políticos ou ideológicos. Sob a nova diretriz da Secretaria do Tesouro Nacional, só são liberados avais para estados classificados com ratings “A” e “B”. O Paraná, situado na classificação “B”, “fez a lição de casa” e aspira agora subir para o nível “A”.
A mentira sobre a suposta falta de solvência do Paraná teve pernas longas. Durante seis anos o Paraná foi discriminado pela União, por ser um estado governado pelo PSDB, e pelo fato de que o sucesso de sua administração conflitava com o projeto político da senadora Gleisi Hoffmann e do PT.
Ao aprovar a operação, contratada com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) – no valor de US$ 67,2 milhões para o fortalecimento da segurança pública através do programa Paraná Seguro – o governo federal concede ao estado não só recursos para um setor essencial, mas também um atestado de que os questionamentos com relação a nossa capacidade de endividamento, não passavam da mais mesquinha politicagem.
Ademar Traiano é deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa e do PSDB do Paraná
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