As relações do casal Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Comunicações) com a construtora Sanches Tripoloni voltaram à baila depois da anulação de dotações orçamentárias de obras viárias no Paraná – o que inclui a segunda ponte entre o Brasil e Paraguai – para atender uma única obra no estado: a construção do Contorno Norte da BR-376, em Maringá. O cancelamento, via decreto da presidente Dilma, foi de R$ 43,9 milhões, justamente o mesmo valor para um crédito suplementar, determinado no mesmo decreto, para atender a empreiteira preferida do casal.
Em 2010, Gleisi em campanha ao Senado, discursou no canteiro de obras da rodovia para os operários da Sanches Tripoloni e destacou: “Esta obra pode ser considerada um dos símbolos do governo Lula”. A base eleitoral dos ministros, segundo levantamento da Folha de S. Paulo, foi a mais beneficiada nos convênios do Dnit. Foram R$ 148,6 milhões em 2003. Dos quatro convênios, três foram assinados depois de maio de 2008, quando Teresinha Rocha Nerone, amiga do casal, passou a captar recursos em órgãos públicos estaduais e federais.
Sanches Tripoloni desde 2008, é alvo de contestações do TCU que viu sobrepreço de R$ 10,5 milhões no empreendimento. Os donos da Tripoloni doaram R$ 510 mil para a campanha de Gleisi. A construtora CR Almeida, responsável pelas obras da linha férrea, contribuiu com R$ 250 mil, além de mais R$ 350 mil para o comitê do PT do Paraná.
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