Ônibus escolares e das linhas urbana e intermunicipal não vão mais esperar na fila do ferryboat. A medida faz parte das mudanças propostas pela Prefeitura de Guaratuba para tentar resolver os problemas na travessia da baía de Guaratuba e foi aceita pelo governo estadual na sexta-feira (27).
A reunião de trabalho realizada na sede do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR), segundo o Correio do Litoral, foi o terceiro encontro agendado pelo deputado estadual Nelson Justus para tratar do assunto. Guaratuba foi representada pelo secretário municipal de Governo e Urbanismo, Carlos Carvalho. Participaram ainda representantes do DER, Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística (Seil), Agência Reguladora do Paraná, (Agepar), Polícia Militar Rodoviária e Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar).
Limite de caminhões
Já na primeira reunião, no dia 1º de agosto, na sede da Agepar, a prefeita Evani Justus apontou a necessidade de limitar o horário da travessia de caminhões. “Este limite existe durante a alta temporada, mas os guaratubanos precisam que ela aconteça o ano todo”, disse a prefeita. A reivindicação foi repetida na segunda reunião, dia 19 de setembro, em Guaratuba.
Nesta última reunião, ficou decidido que o DER fará uma pesquisa sobre o tipo de caminhões que trafegam no ferryboat e, principalmente, sobre a origem e o destino deles. O resultado vai balizar uma norma para limitar os horários. Os transportadores, que participaram das discussões pela primeira vez, aceitaram a medida e pediram que ela seja precedida de uma campanha de informação aos caminhoneiros.
Ponte de Guaratuba – Carlos Carvalho ressaltou mais de uma vez que a solução reivindicada por Guaratuba é a construção da ponte sobre a baía. Ele argumentou também que a restrição de horários para os caminhões vai amenizar os problemas na travessia e será fundamental com uma futura ponte.
Técnicos do DER insistem que os problemas verificados na travessia são momentâneos em virtude das obras em um dos flutuantes que devem terminar em novembro. Carvalho argumentou que o problema vai continuar depois da temporada já que em abril está prevista a recuperação de outro flutuante.
O secretário também rebateu o argumento de alguns técnicos de que uma das causas dos problemas no ferryboat é a demora nas obras da BR 376. “Há vários fatores, entre eles o início das atividades no Porto de Itapoá, o aquecimento da economia local, a preferência de muitos guaratubanos pela BR 277 como caminho para Curitiba e a movimentação entre as cidades do litoral, inclusive de estudantes. Sem falar nos moradores da Prainha e Cabaraquara que têm de atravessar a baía para ir ao centro até mais de uma vez por dia”, disse.
Participantes – Além de Carlos Carvalho, participaram da reunião, pela Agepar, Maurício Ferrante, José Alfredo Gomes Stratmann e Newton Merlin de Camargo; pelo DER, Sérgio Gomes, Antonio Carlos Queiroz, Nelson Leal e Gilberto Loyola; pela Seil, Aldair Wanderley Petry; pela Polícia Rodoviária, capitão Sheldon Keller Vortolin; e pela Fetranspar, José Anselmo Berger e o presidente Sergio Malucelli.
Outras medidas – Também ficou decidido que a partir dos próximos dias, o DER vai manter um engenheiro permanentemente atendendo à travessia no ferryboat. A Polícia Rodoviária também se comprometeu a reforçar, desde já, o efetivo que atua na travessia durante os finais de semana. Um novo encontro será agendado para definir o limite do horário dos caminhões e novas medidas.
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