Alessandro Meneghel, ruralista filiado ao DEM e ex-presidente Sociedade Rural do Oeste (braço da UDR no Oeste do Paraná), é o principal acusado da morte do agente da Polícia Federal, Alexandre Drummond Barbosa, 36 anos. Barbosa foi morto na madrugada de sábado em frente a uma danceteria no centro de Cascavel. O policial federal foi atingido por disparos de espingarda calibre 12 e de pistola.
Meneghel ligou para a PF, confessou o crime e indicou o local onde estava. Ele foi preso em uma de suas fazendas e indiciado sob suspeita de homicídio qualificado. Testemunhas ouvidas informalmente pela polícia relatam que o fazendeiro e o policial estavam na casa noturna onde tiveram uma discussão.
Meneghel deixou o ambiente, foi até o carro e aguardou o policial sair para fazer os disparos. Mesmo caído, o agente revidou e disparou contra o fazendeiro, que foi atingido de raspão no rosto. Barbosa foi socorrido, mas morreu a caminho do hospital.
A polícia investiga denúncias de que havia outra pessoa com Meneghel. Imagens registradas pelo circuito interno de duas casas noturnas já estão com a polícia. O caso será investigado pelo delegado da Polícia Civil Luiz Rogério Sodré, mas a PF vai acompanhar o inquérito.
A polícia estuda a possibilidade de pedir a transferência do ruralista para o presídio de segurança máxima de Catanduvas. Meneghel já presidiu a SRO (Sociedade Rural do Oeste) e tem histórico de envolvimento em ações violentas no Paraná.
Em outubro de 2007, ele foi acusado de liderar um ataque contra um grupo sem-terra que invadiu uma fazenda que à época pertencia a multinacional Syngenta Seed, em Santa Tereza do Oeste (20 km de Cascavel). Um segurança e um líder do MST morreram no conflito agrário. Em 2009 Meneghel foi preso e passou três meses na cadeia sob a acusação de porte ilegal de arma.
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