Líder do PMDB revela manobra de Ademar Traiano que pode prejudicar andamento do governo Beto Richa na aprovação dos projetos na Casa de Leis
O líder do Governo, deputado Ademar Traiano (PSDB), tem atuado na criação de um ambiente de conflito na Assembleia Legislativa do Paraná. A afirmação é do líder do PMDB, deputado Caíto Quintana, ao falar sobre os 100 primeiros dias da atual administração estadual e a verborragia protagonizada por Traiano na Tribuna da Casa de leis.
“Não entendo qual é a razão de Vossa Excelência (Traiano), que tenta a cada instante de seus pronunciamentos, falar mal do governo anterior. Primeiro, o povo elegeu o atual governador, para resolver e já se passaram 100 dias”, informou Caíto. “Segundo, nas casas populares (anunciadas nesta segunda-feira, 11), R$ 600 milhões são do Governo Federal e R$ 100 milhões são da Copel e Sanepar”, destacou o líder do PMDB.
“A Sanepar que estava privatizada e a Copel, que Vossa Excelência inclusive votou para ser vendida, para a iniciativa privada”, relembrou Caíto. Traiano, na época da tentativa da privatização da Copel, em 2001, era da bancada de sustentação do Governo Jaime Lerner e votou a favor do processo, interrompido graças a um projeto de iniciativa popular e manifestações da população.
Caíto foi um dos líderes do levante popular, que culminou após a ocupação da Casa de Leis. No período, a Sanepar teve a maioria de suas ações vendidas a um grupo francês, que passou a deter o controle acionário da companhia. “Quero torcer pelo governo (Beto Richa). O senhor veja o posicionamento da nossa bancada, que não tem nenhuma crítica. Mas Vossa Excelência, a cada vez que vai à Tribuna, força ao PMDB a passar a combater”.
“Porque vamos daqui a pouco ser compelidos a fazer pronunciamentos mais fortes por causa da provocação que sistematicamente acontece”, concluiu Caíto. Ao retomar a palavra, Traiano afirmou que não tem o hábito de fugir da raia. “Votei sim (pela venda da Copel), assumo, pago o preço, estou aqui deputado de novo e se hoje tivesse que agir diante daquele momento, talvez agisse da mesma forma”, concluiu.
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