Até novembro deste ano, deve ser lançada, de forma recorde, a licitação da obra de duplicação da BR-469, a Rodovia das Cataratas, autorizada pelo presidente Jair Bolsonaro.
A autorização foi feita no final de agosto, pelo governo federal, em Foz do Iguaçu. Boa parte do financiamento da obra, uma das mais esperadas pela população local e que fortalecerá o turismo da região, é de responsabilidade da Itaipu Binacional. A previsão de conclusão é até 2024.
Conforme explica o diretor-geral brasileiro da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, uma vez dada a largada pelo presidente Bolsonaro, o próximo passo será a assinatura de dois convênios: entre o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e, também, entre o DER-PR e a Itaipu. Paralelamente, o projeto está sendo revisado para algumas atualizações.
“Essa obra é um desejo antigo do setor turístico de Foz porque vai impactar positivamente naquele que é principal corredor utilizado pelos turistas que visitam a Terra das Cataratas, ligando o centro da cidade ao Parque Nacional do Iguaçu e à Argentina, e passando por diversos hotéis e outros atrativos”, avalia Silva e Luna.
A expectativa é que esses trâmites burocráticos sejam vencidos até o próximo mês de novembro, quando o DER-PR deverá lançar o processo de licitação. Uma vez lançado, estima-se que a contratação e o início das obras deverão ocorrer até o mês de março de 2021. A conclusão da duplicação, por sua vez, está prevista para março de 2024 (36 meses de execução).
Projeto- A duplicação abrange os 8,7 km de extensão da rodovia, com um custo total de 139,4 milhões, sendo quase a totalidade (R$ 136,3) bancada por Itaipu – ficando a diferença para o governo do Paraná. O projeto executivo da obra prevê, além da segunda pista, a construção de um viaduto, três trincheiras, uma ponte elevada (sobre o rio Tamanduá), duas passarelas de pedestres, dois pontos de passa-fauna e uma rotatória em nível. Também estão previstas pistas marginais em toda a extensão, assim como uma ciclovia bidirecional compartilhada.
Estratégia- A obra também está alinhada com a estratégia do governo federal de incentivar investimentos que vão contribuir com a recuperação da economia no cenário pós-pandemia de covid-19. Somente no mês de agosto, o Ministério da Infraestrutura entregou 14 obras pelo País, além de promover outras iniciativas nas áreas de concessões e logística. A expectativa do governo federal é que os investimentos em infraestrutura totalizem R$ 4,5 bilhões neste segundo semestre de 2020.
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