Obra prevista para começar em 90 dias após a definição da vencedora vai demandar investimento de R$ 126 milhões
O edital que vai definir a empresa responsável pela execução da Perimetral Leste em Foz do Iguaçu será aberto no próximo dia 16 de julho (segunda-feira). A informação é do primeiro-secretário da Câmara Federal, deputado Fernando Giacobo (PR), que articulou a obra de infraestrutura junto ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Com a via, o fluxo de caminhões e carretas chegando ou saindo da Argentina será desviado do centro da cidade. As informações são do Gazeta Diário.
A Perimetral Leste terá aproximadamente 15 quilômetros e vai ligar a área de aduana da segunda ponte entre Brasil e Paraguai, na região do Porto Meira, à BR-277, passando pelo trevo da Argentina. De acordo com o processo de licitação, pelo Regime Diferenciado de Contratação (RDC), a empresa vencedora terá 90 dias para apresentar projetos complementares e viabilizar as licenças necessárias para o início das obras.
Giacobo lembra que o edital foi lançado dia 18 de maio pelo ministro Valter Casimiro, junto com a governadora Cida Borghetti (PP) e o prefeito Chico Brasileiro (PSD). “A empresa pega o projeto básico, vê mais ou menos o que vai gastar, inclusive com projetos que tem que finalizar, com negativas ambientais e faz a proposta de preço”, disse o deputado.
“É isto que vai acontecer para esta obra começar, se Deus quiser, em 90 dias”, ressaltou Giacobo. O valor previsto do investimento é de R$ 126 milhões. A Perimetral é uma antiga reivindicação e vai desviar dos passeios turísticos de Foz, aproximadamente 60 mil veículos pesados com cargas do Paraguai, Argentina e portos do Chile. “Estes caminhões e carretas irão diretos à BR-277”, frisou.
BR-469
Ao Gazeta Diário, Giacobo também falou sobre a duplicação de 8,7 quilômetros da Rodovia das Cataratas (BR-469). O projeto, que conta com R$ 50 milhões previstos em uma emenda da bancada do Paraná no Congresso Nacional, teve retirados R$ 43 milhões para baratear o preço do óleo diesel, no acordo feito do governo federal para acabar com a paralisação nacional dos caminhoneiros.
“Diria que esta questão vai muito bem”, disse o deputado, sobre a volta do recurso. “Já temos o relator da MP (Medida Provisória) que retirou o recurso, que é um deputado do PR, o deputado Milton Monti (SP), e vai acatar minha emenda que é para voltar o recurso, de R$ 43 milhões”, ressaltou. De acordo com Giacobo, o resto do projeto não foi prejudicado em absolutamente nada. O investimento total é de R$ 116 milhões.
Segundo o deputado, o diretor de Planejamento do Dnit (André Martins de Araújo) entrou em contato com a Itaipu para sanar pendências no projeto, elaborado em conjunto com o Fundo Iguaçu e o Iguassu Convention e Visitors Bureau. “Tudo isto para que, quando voltar, a gente esteja apto para licitá-lo, o que deve ocorrer até o final do ano. A ordem de serviço para a duplicação, tendo recurso, deve ser dada no início do ano que vem”, adiantou.
Aeroporto
“As obras lá estão de vento em popa. Já estão demolindo na parte de cima para construção dos fingers, as pontes de acesso”, disse Giacobo, ao comentar as readequações no terminal aeroportunário de Foz. O convênio para as obras foi assinado em maio pelo ministro dos Transportes e o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Marcos Stamm.
A estrutura vai passar por uma repaginada, com investimento de R$ 122,8 milhões. “A Itaipu já está providenciando a doação de R$ 70 milhões (conforme prevê o Termo de Cooperação) para que a Infraero já comece tanto a duplicação da via de acesso que passa em frente ao Centro de Convenções, extensão de um quilômetro da pista e ampliação do pátio”, disse.
De acordo com Giacobo, a pista maior vai contribuir na atração de voos internacionais. “Com isto, você pode ter voo direto para a Europa, ou Estados Unidos, sem problema nenhum, decolando aqui e o avião com o tanque cheio”, disse. A expectativa é que, após a conclusão, o terminal amplie de 2,6 milhões, para 4 milhões de passageiros ao ano.
Além da pista, o deputado lembrou de recente projeto aprovado na Câmara, que segue para sanção da presidência, tornando igualitárias as tarifas de embarque. “Vai diminuir as tarifas e com certeza atrair mais voos, e consequente trazer mais pessoas, fomentando a economia”, concluiu.
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