LEI ANTIFUMO VAI SER VOTADA AINDA EM JULHO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Claudio Romanelli, pediu nesta sexta-feira (3) ao presidente Nelson Justus a inclusão na pauta de votação da próxima semana do substitutivo-geral aos quatro projetos de lei que proíbem o consumo de tabaco em ambientes fechados no Paraná. “Já chegamos ao consenso da importância em banir o tabaco dos ambientes fechados de todo território paranaense. Mais de 200 mil pessoas morrem por ano por causa do tabaco e o país gasta R$ 500 milhões com as doenças provocadas pelo fumo”, disse Romanelli.
O substitutivo geral, do deputado Reni Pereira, reúne os projetos dos deputados Romanelli, Stephanes Júnior e Antônio Belinati e do governador Roberto Requião. “O Brasil assinou a Convenção para Controle do Tabaco e ratificou essa convenção em 2005 com o voto favorável do Paraná. É o primeiro Tratado Internacional de Saúde Pública para Controle do Tabaco”, disse Romanelli.
O deputado destacou ainda a audiência pública da Comissão de Saúde desta quarta-feira (1º de junho) sobre o tema. Os especialistas na área de saúde – do Conselho Regional de Medicina e o coordenador do Programa de Controle de Tabagismo de Curitiba, João Alberto Lopes Rodrigues – refutaram os argumentos dos representantes do Sindicato do Fumo que defenderam a instalação de “fumódromos” em bares, restaurantes, lanchonetes e em outros locais fechados. Rodrigues disse que o combate ao tabagismo deve aliar ações educacionais e legislativas.
“A maior preocupação hoje em Curitiba é reduzir o número de fumantes mulheres”, diz Rodrigues. Apesar de fumarem proporcionalmente menos que os homens (15% da população feminina de Curitiba fuma, contra 21% dos homens), quando comparadas a outras capitais e Distrito Federal, as mulheres de Curitiba ocupam o quarto lugar no ranking nacional de fumantes e os homens apenas o oitavo. No Brasil, a capital com maior índice de fumantes é Porto Alegre.
Romanelli ainda usou o exemplo do presidente da Sociedade Paranaense de Psiquiatria, Marco Antônio Bessa, que alertou sobre as conseqüências do fumo passivo como a terceira principal causa de morte evitável no Brasil. “Em Curitiba, 80% dos fumantes têm menos de 11 anos de escolaridade. O que demonstra primeiro quem é atingido. Segundo os jovens que fazem uso do cigarro por conta da propaganda e dos ambientes onde as pessoas acabam fumando de forma passiva”, disse o deputado.
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