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Lei anticorrupção quer punir empresas corruptoras, destaca o Congresso em Foco

Empresas envolvidas em denúncias de corrupção ou que estejam sendo investigadas por cometer crimes contra a administração pública terão mais motivos para se preocupar, caso a Câmara dos Deputados aprove a chamada Lei Anticorrupção.

O projeto de lei 6.826, de 2010, tema de reportagem do site Congresso em Foco, estabelece a responsabilização administrativa e civil de empresas e seus diretores pela prática de atos ilícitos contra a administração pública nacional ou estrangeira.

“Essa legislação vai criar uma cultura de combate a corrupção em nosso país”, disse o deputado João Arruda (PMDB-PR), presidente da Comissão Especial que analisa o projeto da Lei Anticorrupção, ao comentar a reportagem de Mariana Haubert.

“A presidente Dilma Rousseff (PT) reafirmou, em seu pronunciamento do Dia do Trabalho, o compromisso de seu governo em combater os malfeitos e os malfeitores, ou seja, a corrupção e os corruptores, geralmente pessoas jurídicas (empresas)”, completou João Arruda.

Procedimento
O projeto de lei, editado pelo Poder Executivo, tramita em caráter conclusivo e a previsão é que seja votado na comissão especial em que se encontra na Câmara, no próximo dia 23 de maio. Caso seja aprovado, e não haja requerimento para votação em plenário, seguirá para o Senado

Na prática, o projeto institui a responsabilidade objetiva das empresas. Atualmente, em casos de corrupção, é preciso que se comprove que a organização enviou alguém para corromper a administração pública.

Em muitos casos, quando flagradas, as empresas argumentam que o enviado agia por conta própria, sem autorização, e se livra, assim, de responsabilidade.

Segundo o relator do projeto, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), a possibilidade de empurrar a responsabilidade para o funcionário que participou da negociação deixar de existir. O texto da lei estabelece que agora a responsabilização será de quem foi o beneficiário dos atos de corrupção. Ou seja, as empresas.

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