Por Fernanda Ezabella, da Folha de S. Paulo
"Todos os estúdios vão falir… e eu amo isso!" A frase premonitória é de 1970, do então desconhecido diretor norte-americano Robert Altman, que, em poucos meses, tomaria o mundo de assalto ao ganhar o Festival de Cannes com a comédia sobre guerra "Mash".
A atitude pouco amigável com executivos de Hollywood, no entanto, continuou até sua morte, em 2006, aos 81 anos, após cinco décadas de altos e baixos no cinema, bebedeiras homéricas, jogatinas, mulheres e muita maconha.
Cenas da vida do cineasta estão nas mais de 500 páginas de "Robert Altman: The Oral Biography" (a biografia oral), lançada nos EUA (Alfred A. Knopf, 576 págs., US$ 23 na Amazon. com; cerca de R$ 41 mais taxas), do jornalista Mitchell Zuckoff. E, assim como Altman não queria uma voz única em seus roteiros, sempre repletos de personagens, o livro traz centenas de vozes, entre familiares e parceiros, que surgem em grandes depoimentos, organizados de forma a explicar as várias fases do diretor de "Shorts Cuts – Cenas da Vida" (93) e "A Última Noite" (2006).
Foto: Carlo Allegri
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