Um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que Layane da Silva, de 19 anos, encontrada em uma área de mata, em uma chácara de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, não usou drogas. Informações G1.
O documento, assinado pela perita Viviane Paola Zibe e Piegel, foi concluído em 21 de fevereiro e anexado ao processo nesta sexta-feira (28).
O suspeito Miguel Angelo Duarte, de 24 anos, prestou depoimento à Polícia Civil em janeiro. Conforme a polícia, Duarte disse que ele e Layane haviam bebido e usado drogas na noite do crime.
Duarte tinha afirmado que a jovem teve alucinações e que, para contê-la, deu uma chave de braço, deixando-a desacordada.
O corpo de Layane foi encontrado em 20 de janeiro. A jovem estava sem parte das roupas e com sinais de violência e queimaduras, conforme a polícia. Miguel Duarte está preso desde 21 de janeiro.
Em 20 de fevereiro, ele foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio qualificado por motivo fútil.
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Miguel Angelo, de 25 anos, foi preso suspeito de matar Layane da Silva, de 19 anos, em São José dos Pinhais — Foto: Reprodução/RPC
Miguel afirmou, conforme a polícia, que agiu sozinho no caso. Entretanto, o depoimento de um outro homem, que também chegou a ser preso suspeito de participar do crime, dizia que houve participação de outras pessoas no caso.
Porém, em um relatório de investigação, de 26 de fevereiro, constam imagens de câmeras de segurança que mostram Duarte se deslocando até o Ginásio Bairro Apolo com Layane na bicicleta, às 0h35 de 19 de janeiro.
A mesma câmera registrou outras pessoas, indo para o mesmo ginásio, às 1h40, e depois voltando, às 1h57, após encontrarem Layane.
Às 5h, Duarte foi flagrado em um posto da Avenida das Torres, próximo ao portal de entrada de São José dos Pinhais, se lavando antes de retornar para casa.
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Mensagens no celular de Layane Silva mostram a vítima marcando de se encontrar com o suspeito do crime — Foto: Reprodução/RPC
O que diz a defesa do suspeito
O advogado de Duarte, José Valdeci de Paula, disse que o laudo atesta que houve consumo apenas de álcool pela vítima. Ele disse que aguarda os laudos complementares.
“Estamos ansiosos para os próximos laudos que estão para sair, que vão atestar a causa da morte de Layane, também se houve conjunção carnal e demais informações pertinentes ao caso. Até então, continuam muitas dúvidas em relação ao que Miguel relatou em delegacia e o que foi produzido”, afirmou o advogado.
O que diz a defesa da família da vítima
O advogado Mark Stanley, que defende a família de Layane, afirmou que as imagens mostram que não houve terceiro envolvido no “brutal homicídio”.
“Miguel é flagrado por uma câmera de segurança, levando a vítima em sua bicicleta. Caindo por terra o argumento da defesa em tentar trazer mais envolvidos ao crime. Miguel mentiu que ambos usaram cocaína. Sendo somente positivo para álcool, grande quantidade inclusive, o que tornou a vítima mais vulnerável, sendo impossível de se defender”, disse ele.
Stanley também disse que as lesões em Duarte, apresentadas no exame de lesões corporais, foram provocadas por ele mesmo. “A vítima [Layane] não teria mínimas condições de lesioná-lo, em razão de grande estágio de embriaguez”, concluiu.
Corpo da jovem foi encontrado em uma chácara, em São José dos Pinhais — Foto: Vanessa Rumor/RPC
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