Um laudo oficial de médicos peritos confirmou que o brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas, é portador de uma esquizofrenia paranoide e transtorno bipolar, com características psicóticas.
Com a confirmação do diagnóstico, a Embaixada brasileira protocolou na Justiça da Indonésia um pedido para a internação compulsória de Rodrigo, uma vez que, por conta da doença, ele se recusa a sair da prisão espontaneamente. Advogados contratados pela família tentam se valer de uma brecha na legislação local, que impede a execução de pessoas vulneráveis.
A presidência da Indonésia já rejeitou dois pedidos de clemência feitos pelo Brasil. O presidente, Joko Widodo, também rejeitou um pedido pessoal da presidente Dilma Roussef pela vida de Rodrigo e de outro brasileiro, Marco Archer Cardoso Moreira, que foi executado no dia 17 de janeiro. A família de Rodrigo e autoridades agora correm contra o tempo em mais uma tentativa de evitar a segunda execução de um brasileiro no país asiático.
Nesta semana, a Chancelaria da Indonésia convocou representantes da Embaixada brasileira e de outros países para uma reunião de caráter informativo para tratar da execução dos 11 estrangeiros condenados à morte por tráfico de drogas, que ocorreria ainda neste mês. Informações extra-oficiais dão conta de que o fuzilamento estaria marcado para o dia 21.
Rodrigo Gularte foi preso em 2004, no aeroporto de Jacarta, com 6 quilos de cocaína escondidos em oito pranchas de surf.
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