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LARGADA DA MARCHA DO MST É EM FOZ DO IGUAÇU

Hoje, os cerca de 200 trabalhadores e trabalhadoras da Marcha pela Reforma Agrária e contra a Crise, da coluna do Oeste, realizam caminhada até a praça em frente à prefeitura de Foz do Iguaçu, por volta das 10h, onde acontece o ato de largada da coluna. Depois seguem para São Miguel do Iguaçu, onde participam de debates em escolas e comunidades, e amanhã passam em marcha pelas cidades de Medianeira e Matelândia.

Os 200 marchantes da coluna do Norte, que saíram de Porecatu na manhã de ontem (18), chegam hoje (19), por volta das 14h na cidade de Londrina.Na cidade os trabalhadores seguem em caminhada pelo Centro Cívico até a Câmara de Vereadores da Cidade, onde será aberto um espaço para debater a marcha. Na quarta-feira (20), de manhã os marchantes realizam uma panfletagem no Calçadão de Londrina e o restante do dia, participam de debates nas universidades, escolas e pastorais sociais.

A marcha faz parte de um Mutirão nacional que irá debater a crise econômica e o Projeto Popular para o Brasil, com o lema Trabalhadores e trabalhadoras não pagarão pela crise!.

No Paraná, são cerca de 400 trabalhadores e trabalhadoras do MST, juntamente com a Via Campesina e da Assembléia Popular, organizados em duas colunas, que irão atravessar o estado em marcha, dialogando com a população os efeitos da crise econômica, sobre os trabalhadores e a necessidade de um Projeto Popular para o Brasil, além de exigir a realização da Reforma Agrária, como uma alternativa a crise.

A caminhada segue em direção à capital paranaense, com chegada prevista para o início de junho.

Contexto – Ao longo dos anos os trabalhadores vêm produzindo riquezas, que são apropriadas pelos donos de terras, empresas, fábricas e bancos. No entanto, este sistema, sustentado na exploração dos trabalhadores e destruição dos recursos naturais entra novamente em colapso.

E neste momento, os movimentos sociais, sindicatos e entidades de defesa dos trabalhadores, denunciam que mais uma vez os patrões e governos querem fazer com que os trabalhadores paguem a conta desta crise, realizando demissões em massa, cortando direitos trabalhistas e sociais, para manter suas altas taxas de lucro.

Segundo Izabel Grein, da Coordenação nacional o MST, na luta contra essa exploração, o MST, a Via Campesina e a Assembléia Popular realizam um mutirão de debate para a construção de um Projeto Popular que contemple a bandeira de todos os trabalhadores brasileiros.

Os trabalhadores também cobram agilidade no processo de Reforma Agrária, como uma saída para os trabalhadores neste momento de crise, além de denunciar o desemprego causado pelo agronegócio.

Atualmente, ainda existem cerca de 100 mil famílias acampadas em todo país. Somente no Paraná são aproximadamente 7.000 famílias, vivendo em barracas de lonas, em latifúndios improdutivos e beiras de estradas.

Durante o trajeto os marchantes passarão por várias cidades do estado, parando em locais como: escolas, paróquias, sindicatos, empresas e bairros para realizar debates com a população.

A coluna do Norte segue pelos municípios, de Bela Vista do Paraíso, Londrina, Rolândia, Arapongas, Marialva, Sarandi, Maringá, Mandaguari, Jandaia do Sul, Apucarana, Marilândia, Ortigueira, Imbaú, Ponta Grossa, Campo Largo e Curitiba.

Enquanto a coluna do Oeste seguirá por: Foz do Iguaçu, Medianeira, Matelândia, Cascavel, Ibema, Nova Laranjeira, Laranjeiras do Sul, Cantagalo, Guarapuava, Irati, Palmeiras, Campo Largo e Curitiba.