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Quatro jornalistas que arriscaram suas vidas e liberdade para revelar abusos de poder e violações dos direitos humanos serão homenageados pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas com o pelo Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa. O repórter Mauri König, da Gazeta do Povo, será reconhecido como um dos principais jornalistas investigativos do Brasil em uma cerimônia realizada em Nova York.
O CPJ é uma organização independente que se dedica a defender a liberdade de imprensa em todo o mundo. Além de König, estão na lista de homenageados Mae Azango, da Libéria, Dhondup Wangchen, da China, e Azimjon Askarov, do Quirguistão. Os dois últimos estão presos em consequência de suas reportagens.
König confessa que se supreendeu ao ser escolhido por não haver inscrições para o prêmio. “O Comitê monitora jornalistas no mundo inteiro e decide quem vai premiar. Este é o principal prêmio do jornalismo que já ganhei”, disse, informa a Gazeta do Povo.
Durante os últimos 22 anos, o jornalista informou os leitores sobre abusos contra os direitos humanos e corrupção. No final de 000, a Gazeta do Povo publicou uma série de reportagens com suas investigações sobre recrutamento e sequestro de crianças brasileiras para o serviço militar no Paraguai. Na apuração das matérias, König foi brutalmente espancado com correntes, e sofreu tentativa de estrangulamento.
Três anos depois, o jornalista documentou uma rede de crimes envolvendo policiais civis e carros roubados e, devido às ameaças que sofreu, teve de mudar de cidade com a família. O último grande trabalho do repórter foi publicado na primeira semana de setembro. Depois de dois meses e meio de produção, ele abordou a exploração sexual nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.
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