O deputado Alfredo Kaefer (PP) defendeu nesta quarta-feira, 9, redução de juros como uma das medidas urgentes para garantir “mais e melhores empregos”. A afirmação foi feita ao lembrar que na próxima sexta-feira, dia 11 de maio, completam-se 6 meses de vigência da reforma trabalhista, sancionada pelo presidente Michel Temer no dia 13 de julho de 2017 e que entrou em vigor no dia 11 de novembro.
Ao analisar estes primeiros meses da reforma, o deputado cita informações do ministro do Superior Tribunal do Trabalho Ives Gandra Filho, de que houve a redução em até 60% nas ações trabalhistas. “E a diminuição de processos na Justiça acontece por parte tanto dos trabalhadores, quanto dos empregadores”, destaca Kaefer.
Com uma legislação mais clara, os empregados tendem a reivindicar apenas o que possuem de direito e de fato. Por outro lado, a clareza também inibe os recursos por parte das empresas das decisões tomadas pelos Tribunais Regionais do Trabalho.
O deputado também lembrou que “os empresários já sentem mais segurança em contratar ao primeiro sinal de aquecimento de sua atividade”.
Empregos – Mas o foco da discussão de Kaefer neste momento e, que tem sido uma das bandeiras na Câmara dos Deputados, são as medidas para incentivar a geração de emprego.
Entre elas, a redução imediata das taxas de juros que são praticadas pelo sistema financeiro. “A Taxa Básica, a Selic, vem caindo, mas ainda existe um espaço para diminuir ainda mais, de 6,5% para 6,25% como maior parte do mercado já espera”, destaca.
A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) será conhecida no dia 16 de maio, lembra o deputado. “Mas este juro oficial ainda é muito longe do que é praticado no mundo real, na taxa que os bancos cobram das empresas, dos empreendedores de todos os portes, do consumidor, do cidadão comum”, analisa Kaefer.
Na opinião de Kaefer, “a ‘política fiscal’ executada pelo sistema financeiro é o grande gargalo para a economia deslanchar”.
Selic – Kaefer faz um balanço da situação atual dos juros: “Os dados mais recentes do início deste ano mostram que a taxa média de financiamentos para as empresas era de quase 18%. O capital de giro era ainda um pouco maior, de quase 19%. O financiamento para exportação de 11% e o crédito agrícola de 8,5%”.
Para ele, o mercado acredita em redução da Selic a curto prazo, mas para 2019 as apostas hoje são de elevação.
“O momento é agora, nos dias que completamos seis meses de reforma trabalhista, de fazer uma corrente em favor do Emprego. Reduzir a taxa básica e, principalmente, promover uma ação de regulação do sistema financeiro em favor do Brasil e dos brasileiros”, afirma.
Segundo o deputado, quase 80% do crédito está na mão de quatro bancos, incluindo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, mas com grande parcela dos gigantes Bradesco e Itaú. “Muitos dos mecanismos o governo e os órgãos de regulação e defesa da concorrência já têm. Basta coragem de agir”, conclui.
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