Edson Lau Filho
Dados do Banco Mundial no relatório “Competências e Empregos: Uma Agenda para a Juventude” apontam que 52% da população jovem brasileira, com idade entre 19 e 25 anos, quase 25 milhões de pessoas, encontram-se fora do mercado formal de trabalho.
Nesse relatório, foram considerados os 11 milhões dos chamados “nem-nem”, aqueles que nem trabalham, nem estudam. A eles, foram somados aqueles que estão estudando, mas com atraso em sua formação. E os que trabalham, mas estão na informalidade.
Esses dados apontam que a juventude brasileira está cada vez mais vulnerável à pobreza e, como consequência, coloca em risco o crescimento da economia brasileira. Isso porque o País vai depender do trabalho deste público para continuar produzindo.
O Paraná trabalha para inverter esta lógica. Os indicadores do Caged (Cadastro Geral de Empregados e desempregados) do Ministério do Trabalho mostram que o estado gerou no ano passado, 67.239 empregos com carteira assinada para jovens de até 24 anos. Foi o melhor resultado na região sul. Só o setor de serviços abriu 26,4 mil vagas formais para os jovens, o que significa 39,3% do total. Na indústria foram 19,5 mil e no comércio, 17,7 mil postos.
Outro ponto relevante para os jovens paranaenses está na redução das taxas de homicídios. Segundo o Altas da Violência, elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada), a redução das taxas de homicídios foi de 23,4% entre 2005 e 2015, colocando o Paraná como o segundo do Brasil com a maior queda no registro de mortes. Em 2010, a taxa de homicídios era de mais de 30 mortes para cada 100 mil habitantes, já em 2016 com a taxa caiu para 22 mortes para cada 100 mil.
Para o relatório do Banco Mundial, a urgência para adotar uma melhora na formação de jovens e sua preparação para o mercado de trabalho é um dos itens da agenda da produtividade para o Brasil e que contribui igualmente para a redução da vulnerabilidade trazendo, como consequência, uma substancial melhoria nos indicadores de violência.
No Paraná, as políticas públicas voltadas para juventude através da implantação do Estatuto da Juventude (lei federal 12.852 – 5 de agosto de 2013), e a criação da Assessoria Especial de Políticas Públicas para Juventude (lei estadual 17.461 – 2 de janeiro de 2013) têm mostrado resultados substanciais na emancipação do jovem como protagonista de sua história. O Paraná trabalha a transversalidade das políticas públicas com todas as secretarias e órgãos do aparato estatal, bem como, grande parcela da sociedade civil.
Desta forma, podemos afirmar que durante o governo Beto Richa, as várias ações que o Estado desenvolveu e o trabalho transversal das políticas públicas de juventude, executado por diversas secretarias e órgãos do estado e também estimulado pela Assessoria Especial de Juventude fizeram do Paraná referência nacional nas ações que combatem a vulnerabilidade e promovem a autonomia da juventude.
A criação do Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IVJ) colocou o estado na vanguarda dessas políticas públicas e possibilitou a criação de programas voltados ao enfrentamento das vulnerabilidades e criação de oportunidades para a juventude, antes não atendidas. A elaboração e implantação do programa Rede Jovem nos municípios com os maiores índices, têm mostrado resultados transformadores, colaborando na formação dos jovens e sua preparação para o mercado de trabalho, reduzindo os indicadores de violência e apresentando perspectivas de um futuro mais promissor.
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