Mandado foi expedido no começo da noite desta segunda-feira (9).Fantástico denunciou; Pedido foi feito pelo Ministério Público do Paraná
por Vinícius Sgarbe, do G1 PR
A Justiça do Paraná determinou, no começo da noite desta segunda-feira (9), a prisão temporária do empresário Cleber Onésio Alves Salazar, suspeito de comandar um esquema fraudulento em postos de combustíveis de Curitiba. O pedido foi feito pelo Ministério Público (MP) do estado. Salazar usava controles remotos para armar e desarmar equipamentos que cobravam a mais do consumidor. A defesa dele afirmou ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que haverá uma apresentação espontânea.
Salazar é investigado pelo MP e pela Delegacia do Consumidor, por participação nos crimes de formação de quadrilha, estelionato, corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal e contra a ordem econômica e as relações de consumo. O MP conseguiu também a quebra do sigilo telefônico e bancário e um mandado de busca e apreensão na empresa Power Bombas Manutenção e Instalação Ltda.
Em entrevista à RPC TV, ele disse que continua trabalhando e não tem nada para esconder. “Minha vida é um livro aberto, tenho cadastro no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia. Todo mês eu passo a relação de todos os postos que a gente faz a manutenção. Os técnicos estão preparados para trabalhar perante a lei”, afirmou.
Porém, sem saber que estava sendo gravado, o empresário entregou todo funcionamento, dando até mesmo garantia de que esses equipamentos jamais seriam descobertos. Basicamente, o custo para adulterar um “bico” (nome dado a cada saída de combustível de uma bomba) é de R$ 5 mil.
Na empresa de Salazar, durante o cumprimento do mandado, também nesta segunda, foram encontradas placas de computador. A suspeita, ainda segundo a polícia, é que elas tenham sido usadas no esquema. Lacres de bombas e papeis também foram apreendidos. Durante a tarde, bombas da cidade foram fiscalizadas pelo Instituto de Pesos e Medidas (Ipem).
O Governo do Paraná publicou nota oficial. Ela diz que, além do Ipem, “as secretarias de Segurança Pública e Fazenda vão investigar a atuação de pessoas e empresas que agem contra os direitos do consumidor. (…) Haverá uma investigação sobre uma suposta participação de servidores públicos estaduais no esquema”.
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