Brasil 247
Tanto PT quanto PSDB tiveram rombos milionários em suas campanhas na eleição municipal de São Paulo. O petista Fernando Haddad, que saiu vitorioso, deixou de dívidas para o partido R$ 25,9 milhões. Já o tucano, além de ter sido derrotado na disputa, calcula de diferença entre receita e despesa um saldo negativo de R$ 19,4 milhões.
De R$ 67,9 milhões gastos por Haddad, R$ 30 milhões foram para as mãos do marqueteiro da campanha, João Santana, dono da empresa Polis Propaganda e Marketing. A receita do petista, de R$ 42 milhões, teve sua maior parte vinda do partido, por meio de doação oculta.
Já a dívida deixada pelo tucano tem origem no balanço de seu comitê, que recebeu R$ 33,9 milhões e gastou R$ 53,4 milhões. Sua campanha em si teve receita e despesa de R$ 33,5 milhões, porém recebeu doação direta mais baixa. Serra ainda teve um extra de R$ 665 mil, que tinham como destino as campanhas a vereador. A maior parte dos gastos também foi para seu marqueteiro (R$ 22,8 milhões), Luiz González, dono da Campanhas Comununicação LTDA.
A questão agora é como e por quem serão pagas as dívidas. Nota publicada na coluna Painel, da Folha de S.Paulo, no último dia 11, dava conta de que a direção estadual do PSDB se recusava a assumir parte das dívidas do candidato derrotado e o comando paulistano também alegou não ter caixa para contribuir. Já no caso de Haddad, a direção nacional do partido deverá se responsabilizar.
Ao Valor Econômico, o secretário de Desenvolvimento Metropolitano de São Paulo, Edson Aparecido (PSDB), que coordenou a campanha de Serra, afirmou que a questão da dívida será levada às instâncias partidárias. “Vamos discutir no PSDB como trabalhar essa dívida e ver como o diretório nacional pode ajudar”. O responsável pelo assunto na campanha de Haddad, vereador Chico Macena (PT), não atendeu às ligações do jornal.
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