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JUIZ ORDENA DEVOLUÇÃO DE TERRAS A BRASILEIROS

Em decisão destacada nas páginas do jornal ABC Color, o juiz Silvino Delvalle, de Asunción, determinou a restituição de terras aos brasiguaios residentes na conflitiva colônia de Laterza Cué e o abandono dos acampamentos montados por camponeses nas imediações da área em litígio.

Distrito rural do município de Mariscal López, situado a cerca de 100 quilômetros da Ponte da Amizade, Laterza Cué foi povoado por colonos de origem brasileira em meados da década de 1960, em terras disponibilizadas pelo ditador Alfredo Stroessner para o povoamento da região. Confira a íntegra da nota clicando no

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Juiz Ordena Devolução de Terras a Brasileiros

Juiz Ordena Devolução de Terras a Brasileiros

Por Guilherme Dreyer Wojciechowski – SopaBrasiguaia.com

Em decisão destacada nas páginas do jornal ABC Color, o juiz Silvino Delvalle, de Asunción, determinou a restituição de terras aos brasiguaios residentes na conflitiva colônia de Laterza Cué e o abandono dos acampamentos montados por camponeses nas imediações da área em litígio.

Distrito rural do município de Mariscal López, situado a cerca de 100 quilômetros da Ponte da Amizade, Laterza Cué foi povoado por colonos de origem brasileira em meados da década de 1960, em terras disponibilizadas pelo ditador Alfredo Stroessner para o povoamento da região.

Com o passar do tempo, porém, os colonos foram enganados por especuladores e ameaçados de expulsão de suas terras, em postura que conta com a conivência (e o interesse) de políticos locais e representantes de movimentos camponeses que reivindicam os cerca de três mil hectares da colônia.

O processo judicial, protocolado na capital paraguaia devido à desconfiança em relação aos magistrados locais, teve como reclamantes os colonos Albino Domingo Favero, José Luiz Bortolini e Juarez Bortolini, com o apoio da advogada Marilene Sguaziri.

“Os colonos brasileiros foram enganados. A luta nos tribunais era realizada à parte dos grupos armados que assediavam de forma violenta os legítimos proprietários das terras, com a intenção de que não pudessem trabalhar. Pretendiam usar a fome para forçá-los a abandonar a colônia”, afirmou Sguaziri.

A violência contra os brasileiros residentes em Laterza Cué mereceu, também, atenção especial do Itamaraty e da imprensa brasileira, com a publicação de fartos relatos sobre as atrocidades cometidas e os interesses em jogo na luta pela posse da terra.

Com a sentença emitida em primeira instância pelo juiz Delvalle, a expectativa é de que os colonos possam retornar às suas residências e iniciar o plantio da próxima safra, algo que, nos últimos três anos, vinha sendo inviabilizado pelos camponeses que chegavam, até mesmo, a bloquear os acessos à colônia.