A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou nesta terça-feira (16) que o procurador José Alfredo de Paula deixou o cargo de coordenador do grupo de trabalho da operação Lava Jato na PGR. As informações são do G1.
A saída foi formalizada na última sexta-feira (12) e, segundo a assessoria da PGR, por motivos pessoais. O procurador está de férias e não voltará mais ao cargo. A informação foi antecipada pelo jornal “O Globo”.
Ritmo da investigações
Interlocutores confirmaram à TV Globo que ele estava insatisfeito com o ritmo de investigações na gestão de Raquel Dodge na procuradoria.
O caso da delação do empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, seria um exemplo. Segundo investigadores, José Alfredo reclamava da demora da procuradora-geral em enviar a colaboração para homologação pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Investigadores dizem que os depoimentos já estão concluídos desde fevereiro e que até agora Dodge não os enviou ao STF para validação.
Interlocutores dizem também que José Alfredo de Paula considerou que Dodge foi omissa no episódio das mensagens atribuídas a procuradores da Lava Jato e não saiu em defesa de sua equipe e nem da operação.
No início de junho deste ano, o site The Intercept divulgou trechos de mensagens atribuídas a procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e ao então juiz federal Sérgio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública. As mensagens foram extraídas do aplicativo Telegram.
O site disse que procuradores, entre eles Deltan Dallagnol, trocaram mensagens com Moro sobre alguns assuntos investigados.
Nesta terça (16), Raquel Dodge tem encontro com procuradores da Lava Jato, às 14h30. Ela vai se reunir com procuradores da força-tarefa em Curitiba , coordenada pelo procurador Deltan Dallagnol. A pauta é a invasão de celulares de procuradores e como a PGR trata esse assunto de forma institucional.
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