O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo manifestou pública indignação com a invasão realizada na noite do último dia 14 por policiais militares, em sua sede, durante realização de ato em defesa do III Plano Nacional de Direitos Humanos.
A entidade interpretou a entrada dos policiais como tentativa clara de intimidação dos participantes, o que se deve também a uma atitude anterior de policiais militares, que, no mesmo dia, durante a entrega protocolada de carta à presidência da República no seu escritório de São Paulo, por duas vezes exigiram saber “o nome dos responsáveis” pelo evento – do qual participaram cerca de 30 pessoas e foi totalmente pacífico.
Mais tarde, por volta das 18h, um sargento da PM veio à sede do Sindicato para saber que tipo de ato estava sendo preparando para a noite. Depois de receber explicações de que se tratava de cerimônia interna, o sargento pediu o número da carteira de identidade de um dos diretores. À noite, com o auditório lotado por cerca de 200 pessoas, dois PMs, fardados, invadiram o auditório e disseram “estar cumprindo ordens superiores”. Uma audiência com o secretário de Segurança Pública do Estado, Antonio Ferreira Pinto, foi requisitada pela diretoria do Sindicato para obter esclarecimentos dos motivos da invasão.
E já começou a censura, mesmo antes de ser assinada.