A edição do Jornal Metro desta sexta-feira (9), traz em sua seção Foco, com reportagem de Camila Castro, o caso dos moradores do Boqueirão que criticam a instalação de um albergue no bairro . Segundo relatam, no abrigo são acolhidos, sem qualquer triagem, usuários de drogas e pessoas mal intencionadas que procuram um local para dormir, tomar banho ou se alimentar.
“Minha filha foi abordada, mexeram com ela. Ela chamou os vizinhos e eles ameaçaram tacar pedra. Ficam sentados em frente às casas e, se pedirmos para saírem, somos hostilizados”, relatou ao jornal o autônomo Sérgio França.
A reportagem do jornal confirma a denúncia dos moradores feita no Boca Maldita, ao contrária das declarações da presidente da FAS, Márcia Fruet. A primeira dama acusou o blog de inventar a situação e de disseminar o ódio.
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Moradores querem tirar albergue do Boqueirão
Um abaixo-assinado está sendo elaborado por moradores do Boqueirão para pedir à FAS (Fundação de Ação Social) o fechamento do albergue da rua Padre Dehon, 2.968. Eles alegam que há insegurança desde que os sem-teto foram levados para lá, em 22 de julho, nas ações de acolhimento feitas nos dias de frio intenso.
Entre as situações relatadas ontem ao Metro estão ameaça, assédio e invasão de residência (leia mais nos depoimentos). “Dois andarilhos entraram na casa da vizinha. Um deles era procurado pela polícia. Eles têm direitos garantidos na Constituição, mas onde estão seus deveres?”, desabafa o líder comunitário Cristiano Roger, 36 anos.
Os moradores não se dizem contra o acolhimento, mas questionam a forma como é feito. “Os sem-teto deveriam ser capacitados para a inclusão social, mas eles trazem os moradores de rua para cá sem oferecer uma função e os deixam no bairro para que não voltem ao Centro. É assistencialismo com único objetivo de tirar essas pessoas do Centro e das proximidades da Arena (da Baixada, por causa da Copa do Mundo)”, argumenta a comerciante Icléia França, 59 anos.
A presidente da FAS, Márcia Fruet, informou que a fundação não recebeu “nenhum boletim de ocorrência”. “Nossa orientação é para
que façam mesmo. É a única materialidade para tomarmos atitudes para tirar pessoas que possam estar tendo comportamento equivocado do meio de quem está ali para se resgatado”, frisa.
Márcia afirmou que entende a “estranheza”, mas que a FAS tem a missão de resgate. Segundo ela, a casa atende 12 sem-teto e foi aberta emergencialmente para acolher um número maior de pessoas nos dias de frio. É um Centro POP, que faz resgate social e para encaminhamento a serviços de saúde, educação e trabalho, por exemplo.
Em duas semanas, diz Márcia, foram dez retornos familiares, 21 encaminhamentos para documentação, 35 atendimentos de saúde, cinco direcionamentos para empregos e 15 inscritos no Cadastro Único.
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