Olha como são as coisas, o ministro da Defesa Nelson Jobim reagiu a decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que condenou o Brasil por ter desaparecido com guerrilheiros do Araguaia.
Mas afinal, será que alguém ainda duvidava disto?
Jobim é bom lembrar, é o mesmo ministro do Lula (PT), já confirmado para continuar no cargo pela presidenta eleita Dilma Rousseff (PT), que adora sair em púbico transvestido de militar.
Ele também é muito chegado a uma fofoca, como revelaram as mensagens vazadas pelo site WikiLeaks, dele falando mal de presidentes da América do Sul e de lideranças brasileiras também.
Jobim é aquele que entregou o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH) para malhação na imprensa aliada aos grandes monopólios.
Jobim, é claro, não deixaria de defender os ex-adorados do tempo da ditadura, por isto ele defende com unhas e dentes a Lei da Anistia, a aquela que possibilitou a volta dos exilados ao país no final da década de 1970 e início dos anos 1980.
Mas o preço pela tal lei… ah, o preço. O preço é o mesmo que a OEA condenou: anistia total e irrestrita aos torturadores a todos aqueles que torturaram e mataram dezenas de brasileiros, depois enterrados ao bel prazer em locais secretamente escondidos.
Aliás, um destes casos veio à tona outro dia, quando um ex-oficial contou como participou do assassinato do estudante de Apucarana Antônio dos Três Reis de Oliveira, depois enterrado numa cova até hoje desconhecida.
Os ossos de Antônio dos Três Reis ainda estão lá, para desespero dos familiares.
Mas isto não é tudo, este mesmo ex-oficial do Exécito e tantos outros, hoje vivem as benesses de uma aposentadoria polpuda, recompensa àqueles ilícitos cometidos sob o argumento ridículo de manter a ordem pública.
Ah Jobim, estranho seria se o senhor não se posicionasse ao lado daqueles aos quais o senhor se assemelha com tanto afinco.
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