Nesta quarta-feira (28), o candidato a prefeito João Arruda defendeu a urgência da ampliação de políticas públicas voltadas para a população moradora de rua. “São 2.600 moradores de rua em Curitiba e apenas uma estrutura de acolhimento para mil moradores. É preciso criar essa estrutura de acolhimento rapidamente”, disse João durante sabatina da UPE (União Paranaense dos Estudantes).
Além de acolhimento é necessário também, segundo João Arruda, uma política de capacitação para que os moradores de rua tenham emprego e renda. “Eu quero oferecer um banho quente, uma cama limpa, uma comida saudável para essas pessoas, um atendimento psicológico, é preciso de assistência social e de oportunidades também”, defendeu.
A principal proposta apresentada para a recuperação econômica no pós-pandemia é a Universidade do Trabalhador, projeto que será realizado em parceria com o setor produtivo para capacitação de mão-de-obra para gerar empregos já em 2021.
“Conversando com os moradores da Vila Torres que não querem ficar na rua, que querem uma oportunidade, um emprego. Por que não ajudá-los? A Universidade do Trabalhador terá um braço, um curso técnico para moradores de rua em áreas agrícolas”, afirmou.
Cuidados – Além das áreas agrícolas, João Arruda ainda colocou a possibilidade dos moradores ajudar a prefeitura a manter o cuidado das áreas públicas. “Capacitá-los para o mercado de trabalho, inclusive próximos das ruas, nas hortas comunitárias, nas limpezas dos nossos parques, dos nossos rios, como eles quiserem, para que eles possam produzir e ter renda”, explicou.
João Arruda lembrou da experiência de sua mãe, Lúcia Arruda, que administrou um projeto que acolhia crianças de rua, que ajudou Curitiba a superar esse grave problema. “A escola Soma para meninos de rua. Hoje em dia não é tão grande o problema de meninos de rua, nós sofremos muito por conta de jovens e adultos que estão nas ruas de nossa cidade, vem de outras cidades e ficam por aí, sem ter o que fazer e muitas vezes seguem o caminho ruim, o caminho da droga, o caminho da bebida alcoólica, muitas vezes por falta de opção”, disse.
Porém, o candidato alertou que nada disso irá funcionar sem o diálogo direto com quem está na rua, sem imposições ou desrespeito. “Entender a nossa mão da prefeitura para que eles possam ser acolhidos, possam ser respeitados, possam ser bem tratados de maneira carinhosa e respeitosa”, completou.