A “janela” da infidelidade partidária – que será aberta na próxima quinta-feira, permitindo aos políticos mudar de sigla sem o risco de perder o mandato — ameaça esvaziar a bancada do PMDB na Assembleia Legislativa. Dos oito parlamentares peemedebistas na Casa, cinco integram a base do governo Beto Richa, contrariando a orientação da direção estadual, presidida pelo senador Roberto Requião. As informações são Bem Paraná.
Entre os que admitem a possibilidade de deixar o partido está o líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Cláudio Romanelli, que ontem reconheceu viver um dilema. Romanelli afirma não querer deixar a sigla, que integra desde os anos 80, mas admite que a situação está ficando insustentável diante da beligerância do grupo de Requião com os governistas.
O deputado reclama, em especial, do fato da Executiva Estadual estar dissolvendo os diretórios municipais ligados aos parlamentares da base de Richa, impedindo assim que eles tenham o controle sobre o lançamento de candidatos a prefeito e vereador em suas bases eleitorais.
“Para mim, deixar o PMDB será muito difícil”, afirmou ele, que confirmou ter recebido convite para migrar para o PSB. “Vivo um momento de conflito interno”, alegou ele, que acusa Requião de “medidas autoritárias” e perseguição contra os deputados governistas. “Não pode a direção estadual continuar dissolvendo diretórios municipais e desestabilizando os deputados”, reclamou.
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