O deputado Zeca Dirceu (PT) destacou nesta quinta-feira, 20, mais uma ação da Itaipu que vai ao encontro das determinações do presidente Lula (PT) para baratear os preços de alimentos no prato dos brasileiros. Na próxima terça-feira, 25, em Ponta Grossa, a Itaipu Binacional, Conab e Unops assinam convênio para a reforma e modernização dos armazéns da Companhia Nacional de Habitação.
“Nos últimos anos, a Conab fechou 27 unidades e a proposta abrange a reforma e a modernização de 64 unidades no país inteiro. É a Itaipu cumprindo a missão social em apoio à agricultura familiar, aos pequenos produtores com ações governamentais mais amplas e efetivas”, disse Zeca Dirceu.
O convênio será assinado pelo ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar), o diretor-geral da Itaipu , Enio Verri; o presidente da Conab. Edegar Pretto e pelo diretor do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos, Jorge Moreira da Silva. As primeiras unidades selecionadas para reforma são as de Ponta Grossa, Cambé, Rolândia e Maracaju (MS).
Segurança alimentar
Segundo na binacional, os investimentos que serão feitos na Conab terão duas questões centrais: o primeiro é garantir que os produtores, as cooperativas, possam estocar para vender quando o preço estiver melhor; o segundo, para garantir a segurança alimentar, fornecendo comida para quem vive nas cidades.
Edegar Pretto aponta que o fechamento de 27 unidades diminuiu em quase 500 mil toneladas a capacidade de estoque da Conab. Com as reformas, o plano é ampliar o volume de armazenamento, abaixo de dois milhões de toneladas atualmente.
Recursos
“O governo passado fechou com 30% da capacidade de armazenagem no país.Temos R$ 70 milhões no orçamento de 2025 disponibilizados para reformar os armazéns e queremos aproveitar a grande safra do ano, a volta da produção de alimentos, para poder fazer um estoque mais robusto e fazer esse equilíbrio de preço”, apontou Pretto.
A Conab terá mais um reforço de R$ 350 milhões no orçamento deste ano para a formação de estoques reguladores de arroz, feijão e milho. Com isso, a verba total em 2025 poderá chegar a R$ 539,9 milhões para a compra e armazenamento dos produtos, se houver queda nos preços. Em 2024, os valores aplicados ficaram na casa dos R$ 124 milhões.
Medidas
O governo Lula tomou, segundo Zeca Dirceu, uma série de medidas que visam baratear os preços de alimentos, entre elas, a expansão do sistema brasileiro de inspeção de produtos de origem animal dos atuais 1,5 mil para três mil, abrangendo a certificação de leite fluido, mel, ovos e outros produtos. “O novo Plano Safra terá estímulo para produtos da cesta básica, bem como os óleos de canola e de girassol, que são culturas de inverno”, disse o deputado.
O convênio da Itaipu, Conab e Unops visa justamente a formação de estoques reguladores após a queda dos preços. O governo também zerou o imposto de importação de nove produtos: azeite, milho, óleo de girassol, sardinha, bolachas e biscoitos, café, carnes e açúcar. E elevou a cota de importação do óleo de palma (de 60 para 150 mil toneladas).
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