O Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu, e a Indústria Schumacher, em Marechal Cândido Rondon, desenvolveram um respirador artificial de baixo custo, que poderá ser utilizado por pacientes com a Covid-19, para casos emergenciais, na região oeste do Paraná. Informações G1.
De acordo com a Itaipu Binacional, o equipamento foi testado clinicamente em animais e segue para testes em humanos. A expectativa é de que a homologação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) seja liberada até o final de maio.
O custo estimado de cada aparelho será entre R$ 8 mil e R$ 10 mil, segundo Itaipu. Atualmente, o equipamento pode chegar a cerca de R$ 80 mil, e a alta demanda criou um cenário de corrida mundial pelos equipamentos.
Produção
O PTI informou que objetivo do projeto não é buscar o lucro com a venda em grande escala, mas oferecer aos municípios uma solução em forma de projeto aberto para ser eficiente, que possa ser replicado em várias regiões.
Conforme o PTI ainda, após a homologação, a indústria de Marechal Cândido Rondon tem condições de produzir até 20 respiradores desse modelo por dia, pois conta com 70% dos componentes internos do respirador.
A indústria, especializada em peças pneumáticas e hidráulicas, adaptou a linha de produção nesse período de pandemia para a criação dos protótipos em parceria com a Itaipu.
Uso dos protótipos
A máquina foi apresentada pela empresa e PTI para o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos (PSC), ao promotor público da saúde Angelo Mazzuchi e ao diretor da 10ª Regional de Saúde, João Avanci, na quarta-feira (29), no Hospital do Câncer da cidade.
Durante a apresentação do protótipo, o médico intensivista do Hospital do Câncer Paulo Marcelo Schiavetto se disponibilizou a colaborar com os testes do respirador em humanos.
Segundo a Prefeitura de Cascavel, o município deu início ao processo de adoção dos protótipos de respiradores. A princípio, a compra dos insumos para a produção dos respiradores será realizada pela Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic).
Parcerias
De acordo com a Itaipu, o trabalho de homologação da tecnologia está sendo realizado pelo PTI-BR, em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e o Lactec, instituto privado de pesquisas tecnológicas, em Curitiba.
A parte eletrônica do projeto é de responsabilidade do PTI-BR e da Evolutec, que também prestam auxílio financeiro para as compras dos insumos do protótipo.
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