Um convênio entre a Itaipu Binacional e o Hospital da Providência, pertencente ao Grupo Hospitalar Nossa Senhora das Graças, entidade filantrópica de Apucarana (PR), está permitindo que pacientes com câncer que necessitam de radioterapia façam o tratamento em um acelerador linear.
O equipamento de alta tecnologia evita o deslocamento dos doentes para outras regiões do Estado e reduz o tempo de espera para este tipo de tratamento, que chegava a ser de quatro meses, segundo a diretoria do hospital.
O atendimento do Serviço de Radioterapia do Hospital começou no dia 27 de janeiro. Onze pacientes, dos municípios de Apucarana, Mauá da Serra e Marilândia do Sul, já passaram por consulta inicial com médico radioterapeuta. Dois deles já iniciaram o tratamento, tendo sido realizadas, até o momento, 11 sessões de radioterapia.
O investimento de Itaipu foi de R$ 5 milhões. O coronel Aureo Ferreira, assessor especial do diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, explica que esse convênio foi assinado em 2018 e finalizado agora. Embora esteja fora da área de influência, ele contribui efetivamente para melhorar o serviço oferecido por uma entidade já reconhecida pela excelência do tratamento oferecido. “Isso também traz um benefício indireto para os hospitais de referência da Amop [Associação dos Municípios do Oeste do Paraná], porque os pacientes locais, que antes eram deslocados para essas unidades, poderão ser atendidos no próprio Hospital da Providência”, afirmou o coronel.
Para o diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna, “esse convênio vai permitir um tratamento mais efetivo para pacientes que estão lutando pela vida”.
Referência
O hospital é hoje referência para 17 municípios da região, responsável por mais de 18.500 atendimentos por ano. Deste total, 85% são pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Até agora, a unidade hospitalar oferecia os serviços de quimioterapia, hormonioterapia e tratamento cirúrgico aos pacientes oncológicos. Faltava o tratamento radioterápico para a entidade, que já é reconhecida pelo Ministério da Saúde como “de Alta Complexidade em Oncologia”.
“A concretização deste projeto irá beneficiar de forma direta todos estes pacientes, sendo de grande importância para toda a região”, afirmou a irmã Geovana Aparecida Ramos, diretora-geral do hospital. “Com aquisição deste equipamento iremos absorver toda a demanda da 16ª regional e de outras regionais sobrecarregadas na atualidade com a demanda de pacientes que no cenário atual vem aumentando gradativamente”, completou.
No momento, o serviço de radioterapia está com a agenda aberta para atendimento de pacientes dos 17 municípios que compõem a 16ª Regional de Saúde: Apucarana, Arapongas, Bom Sucesso, Borrazópolis, Califórnia, Cambira, Faxinal, Grandes Rios, Jandaia do Sul, Kaloré, Marilândia do Sul, Marumbi, Mauá da Serra, Novo Itacolomi, Rio Bom, Sabáudia e São Pedro do Ivaí.
Também são aceitos pacientes dos 16 municípios da 22ª Regional de Saúde: Ivaiporã, Arapuã, Ariranha do Ivaí, Cândido de Abreu, Cruzmaltina, Godoy Moreira, Jardim Alegre, Lidianópolis, Lunardelli, Manoel Ribas, Mato Rico, Nova Tebas, Rio Branco do Ivaí, Rosário do Ivaí, Santa Maria do Oeste e São João do Ivaí.
O que são os aceleradores lineares
Segundo o Ministério da Saúde, os aceleradores lineares produzem uma forma de radiação, a partir de corrente elétrica, que são dirigidas para o tecido que se deseja tratar, promovendo a destruição do mesmo.
Uma das vantagens é o tempo de tratamento, na ordem de 15 minutos, e do intervalo entre os pacientes. Desta forma, mais pessoas podem ser atendidas diariamente.
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