A Itaipu Binacional completou neste sábado (5), 34 anos de operação com motivos para comemorar: o primeiro quadrimestre do ano registrou a maior produção de energia de todos os tempos para o período. De janeiro a abril de 2018, a usina hidrelétrica gerou 36.386.926 MWh, valor 6% superior aos quatro primeiros meses de 2016, ano do recorde mundial. Esta energia poderia atender ao consumo do Brasil por 28 dias ou o Paraguai por 2 anos e 4 meses. Em relação à geração acumulada, nos 34 anos de operação já foram produzidos 2.549.511.654 MWh, suficiente para abastecer o Brasil por 5 anos e meio ou o planeta por 41 dias.
De acordo com o diretor técnico executivo de Itaipu, Mauro Corbellini, um dos motivos para o recorde quadrimestral é o elevado índice de aproveitamento da água que chega ao reservatório, que tem se mantido acima dos 96% desde 2012. “Esse resultado só é possível com um trabalho de excelência diretamente de toda a área técnica e de suporte de toda a empresa assim como um trabalho de planejamento e execução bem coordenado com os nossos parceiros na cadeia de suprimento paraguaia [ANDE] e brasileira [Copel, Furnas, Eletrobrás e ONS]”, afirma Corbellini.
Para ele, a produção vem crescendo ao longo destes 34 anos de operação, mesmo se for considerado apenas o período em que todas as 20 unidades geradoras estavam instaladas, após 2007. “A produção pode variar em função da hidrologia de cada ano, mas é notório que ela tem se elevado”, diz o diretor técnico.
Como exemplo, ele cita os anos em que a produção mensal superou os 7,9 milhões de MWh: em 2009, 3 meses ficaram acima desta marca; em 2013, foram 7 meses e, em 2016, ano do recorde mundial, todos os 12 meses superaram. Em 2018, até agora, os quatro meses também foram de produção superior à régua de 7,9 milhões de MWh.
Menos água, mais eficiência
Segundo o superintendente de Operação da Itaipu, Celso Torino, em abril, começa o período de redução da disponibilidade da agua. Em todo o mês, choveu em apenas três dias na área de influência da usina. Se considerar somente a afluência incremental, ou seja, os rios regionais como Piquiri, Ivaí e Tibagi – foi o abril mais seco de todo o período. A vazão média do mês foi de 11.005 metros cúbicos de água por segundo, bem inferior aos outros meses do ano. Ainda assim, 2018 teve o terceiro melhor abril de todos os tempos em geração de energia, com 8.446.344 MWh.
“Diferentemente dos meses anteriores, a partir de abril, e isso seguirá em maio, nós viramos a chave”, ilustra Torino. “Passamos da maximização da produção para a maximização da produtividade, uma operação especial que prioriza a melhor relação possível entre a quantidade de água utilizada e a geração de energia. Em outras palavras: produzimos mais energia com menos água”, conclui.
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