Em uma semana de operação especial para permitir o escoamento da safra paraguaia por hidrovia, a usina de Itaipu aumentou sua produção de energia elétrica em 12%. Esse aumento possibilitou mais água turbinada e, por consequência, elevar em um metro o nível do rio a jusante (abaixo da barragem) da hidrelétrica, possibilitando a navegabilidade do carregamento de grãos do país vizinho para o mercado internacional. A defluência iniciada no dia 3 de agosto continua até domingo, dia 16.
Essa é a segunda operação, em pouco mais de dois meses e sem abertura do vertedouro, feita pela Itaipu para socorrer o escoamento da safra paraguaia pelo rio Paraná, que sofre umas das mais intensas e fortes estiagens de todos os tempos. A medida atende ao acordo feito pelas Chancelarias dos dois países, com participação do Ministério de Minas e Energia, Eletrobras, Agência Nacional de Águas (ANA) e Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A programação começou com defluência de 7.500 metros cúbicos de água por segundo (m³/s), de segunda a sexta-feira, e de 7.100 m³/s, aos finais de semana.
Escoamento
O transporte começou no início da manhã de terça-feira (11), quando as primeiras barcaças (de um total estimado de 104) começaram a seguir rumo aos portos argentinos, levando grãos (trigo, arroz, milho e soja) para o mercado internacional. No retorno, elas são carregadas com fertilizantes e combustíveis, para atendimento da demanda interna paraguaia.
Produção hoje
A produção acumulada de Itaipu, em 2020, ultrapassou 46,5 milhões de megawatts-hora (MWh). O volume é considerado bom considerando o momento hidrológico. Tem chovido abaixo da média em toda a bacia do Rio Paraná, desde Minas Gerais até São Paulo e Paraná. Mesmo assim, Itaipu tem otimizado toda a matéria-prima (água disponível) e equipamentos para aumentar a produtividade.
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