da Folha
Em depoimento no inquérito que apura suspeita de fraude nas doações de campanha do ex-vice-presidente da Câmara André Vargas (sem partido-PR), seu irmão Loester Vargas Ilário disse à Polícia Federal que só assinou a prestação de contas, sem ter “elaborado o documento”.
Ilário afirmou ainda que foi tesoureiro do candidato apenas “formalmente, não tendo exercido tal encargo de fato”.
Vargas foi secretário nacional de Comunicação do PT, mas pediu o desligamento do partido em abril, depois de a PF apontar ligações suas com o doleiro Alberto Youssef. Os indícios surgiram durante a Operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobras.
A PF investiga, em inquérito que tramita no Supremo, suspeita de fraude na prestação de contas de Vargas referente à eleição de 2006. Pelo Código Eleitoral, o tesoureiro e o candidato são responsáveis “pela veracidade das informações financeiras e contábeis de sua campanha”.
Segundo o Ministério Público, um grupo de 57 pessoas que aparecem como doadoras de campanha teve nome e dados lançados indevidamente na prestação de contas eleitorais. Todas ajuizaram ação por danos morais contra o candidato. Em 2010, a Justiça decidiu que o parlamentar deveria pagar indenização de R$ 14 mil a cada um.
Catorze dos supostos doadores, ouvidos pela PF, confirmaram que nunca colaboraram com a campanha.
Em depoimento à PF de Maringá (PR), o agente de segurança Álvaro Rubio declarou que o deputado, a quem não conhecia, “incluiu o nome do declarante, sem seu consentimento, como doador”. Outro agente, Amaury Luciano Pereira, afirmou que “nunca realizou” doação a Vargas.
A reportagem completa está disponível aqui.
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