Em depoimento a Polícia Federal, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão do ex-ministro José Dirceu, negou que tenha recebido propina enquanto o petista estava preso em virtude do processo do Mensalão. Os investigadores reforçam que o político recebia parte dos valores do esquema criminoso mesmo depois de ser condenado pelo STF. Para isso, afirmam a PF e o MPF, Luiz iria até as empresas que tinham contrato com a JD Assessoria e Consultoria, para cobrar parte do dinheiro. As informações são da Folha de Londrina.
Segundo o advogado Roberto Podval, Luiz Eduardo esclareceu que não solicitou o pagamento de propina, mas que pediu ajuda porque estava numa situação financeira ruim desde que Dirceu tinha sido preso. Também ressaltou que todos os valores recebidos pela empresa JD e por seus sócios foram declarados e que tudo está contabilizado. “Ele foi pedir ajuda para pessoas com quem já tinha trabalho e empresas que tiveram contratos com a JD. O Luiz explicou que o Zé estava preso e que ainda não tinha encerrado as atividades da empresa porque não tinha dinheiro”, afirmou o defensor.
Podval ressalta que a oitiva foi esclarecedora e que espera que seu cliente deixe a carceragem da PF hoje, quando vence o prazo de prisão temporária. “O Luiz ficou horas tentando esclarecer com a intenção de não precisar ficar na prisão. Espero que isso seja reconhecido até porque se isso não for reconhecido pela Justiça, tanto faz as pessoas ficarem caladas ou ajudarem”, disse.
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