O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do município de Curitiba para a segunda quadrissemana de março, período com início em 15 de fevereiro e com término em 16 de março, resultou na quarta alta consecutiva quadrissemanal, com aceleração de 0,68%, segundo pesquisa do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social).
O resultado atual superou em 0,26 ponto percentual (p.p.) a taxa anterior e exibiu comportamento oposto ao da variação ocorrida no mesmo período de fevereiro. Esse comportamento foi reflexo da elevação nos preços de oito dos nove grupos de despesa que integram o IPC.
A principal contribuição, em pontos percentuais, foi do grupo Despesas Pessoais (0,2389 p.p.), refletindo em alta de 2,62%. Nesse segmento destacaram-se, por um lado, os aumentos de 3,52% em empregada doméstica, 5,68% em pacotes turísticos nacionais, e 12,79% em locação de DVD. Por sua vez, ingresso para cinema diminui 3,87%.
Outro grupo com importante influência foi Alimentos e Bebidas que apresentou reajuste de 1,41%, participando com 0,2264 p.p. no cálculo do índice geral. Aqui, os principais acréscimos foram em feijão-preto (30,21%), tomate (22,77%), batata-inglesa (26,23%), ovo de galinha (21,24%), alface (25,24%), mamão (18,74%) e banana caturra (19,44%). No outro extremo, alcatra bovina, costela bovina e laranja-pêra apresentaram decréscimo de 4,92%, 3,38% e 4,38%, respectivamente.
Na sequência, o grupo Comunicação variou 1,62% impulsionado pela alta de 4,08% em serviço de telefone fixo residencial.
A variação de 0,22% no grupo Transporte foi, em boa medida, determinada pelos preços maiores em gasolina comum, 1,59%; tarifa de ônibus urbano, 2,90%; álcool combustível, 5,83%; automóvel nacional zero km, 0,76%; e automóvel importado zero km, 1,46%.
Por outro lado, ocorreram quedas de 18,27% em passagem aérea; 3,11% em IPVA; 0,15% em automóvel usado e 3,01% em seguro voluntário de veículo.
O impacto de 0,65% observado em Vestuário foi influenciado pelos os aumentos de 5,38% em camisa masculina e de 4,59% em sapato e bota femininos; já as principais reduções foram de 3,06% em tênis adulto e de 1,48% em calça comprida masculina.
O único grupo com variação negativa foi Habitação (-0,32%), devido aluguel residencial, e gás de botijão com decréscimos de 0,43% e 1,30%, respectivamente.
Por fim, ocorreram reajustes de 0,32% em Saúde e Cuidados Pessoais; 0,48% em Artigos de Residência; e 0,21% em Educação.
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