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“Inevitável” diz Fruet para aumento da tarifa de ônibus

“Inevitável” diz Fruet para  aumento da tarifa de ônibus

O ano de 2016 começa com a expectativa de um novo aumento da tarifa do transporte coletivo. Outras cidades do país já aplicaram reajustes no valor cobrado dos passageiros, caso do Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Florianópolis, e por aqui a situação não deve ser diferente. Ainda em dezembro o prefeito Gustavo Fruet (PDT) admitiu que a alta no preço da passagem é inevitável e que deve vir ainda em neste primeiro mês de 2016. As informações são de Cristina Seciuk na rádio CBN/Curitiba.

“Haverá um reajuste inevitável no ano que vem. Não só por definição contratual, não só por definição do edital, não só por necessidade de revisão da tarifa técnica, mas considerando dois grandes fatores: a inflação que pesou em todos os índices que compõe a tarifa do transporte e o reajuste da folha de servidores, reajuste concedido nos últimos anos e sempre foi acima da inflação e representa metade do custo do sistema.”

Fruet deu essa declaração no dia 17 de dezembro, logo depois de a prefeitura majorar a tarifa técnica, que é o valor repassado às empresas por passageiro transportado. Naquela ocasião, o valor subiu de R$ 3,21 para R$ 3,27 e vale até o 26 de fevereiro.

A mudança atende a uma decisão judicial, que derruba um desconto que a prefeitura vinha aplicando aos repasses. O valor a menos era referente, segundo o município, ao descumprimento de critérios de qualidade no serviço e à não renovação de frota. Com o fim desses descontos, a Urbs vai repassar cerca de R$ 85 mil a mais por mês às empresas.

Como citado pelo prefeito Gustavo Fruet quando admitiu que a alta vai acontecer, o reajuste está previsto em contrato e sempre é muito impactado pelo aumento dos trabalhadores. A data base de motoristas e cobradores é em fevereiro. De acordo com a assessoria de imprensa do Sindimoc, sindicato que representa a categoria, a reivindicação salarial ainda não está definida, mas deve sair ainda em janeiro.

Além desse fator, vai pesar nessa conta também a inflação: com índice de 10,48% acumulado entre dezembro de 2014 e novembro de 2015. Sobre o reajuste na tarifa, a Urbs informou que o novo valor está em fase de estudos, e que não há ainda previsão de quando vai ser anunciado nem de qual ele deve ser.

De acordo com a empresa, isso depende, principalmente da definição do reajuste salarial dos trabalhadores, que, segundo a prefeitura, representa 50% da conta; e também da finalização de cálculos como o do preço dos insumos (pneus e combustível que sofreram aumentos na ano passado).

Essa revisão da tarifa é anual e está prevista nos contratos de concessão. Mesmo sem um reajuste, Curitiba já tem a quarta tarifa mais cara do país, só perde para São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Com R$ 3,30, empata com Goiânia e Salvador, que já aumentou a passagem neste ano.