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Incubadora do PTI produz fertilizante sustentável que melhora produtividade

Embio, empresa de Marechal Cândido Rondon, desenvolveu produto diferenciado para atender o agronegócio

O desafio era produzir um fertilizante sustentável com garantia de alta produtividade e melhoria da qualidade do solo. E o mais importante: sem agredir o meio ambiente. Foi o que a Embio, empresa de Marechal Cândido Rondon, incubada no Parque Tecnológico Itaipu (PTI) conseguiu fazer com sucesso.

Os empreendedores resolveram apostar em um produto diferenciado para atender o agronegócio e, há pouco mais de um ano, comercializam o Embio FL1300, um tipo de fertilizante orgânico capaz de estimular o enraizamento das plantas e garantir mais nutrientes para o solo.

O produto é líquido e vendido para agricultores da região e de outros Estados, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul – líderes em produção agrícola no país.

O processo de incubação na unidade da Incubadora do PTI em Marechal Cândido Rondon, desde 2017, contribuiu para que a empresa se consolidasse nesses mercados e alcançasse mais público de venda no período.

“Ter a marca PTI em nossas relações comerciais estabelece mais confiança e credibilidade para nossa empresa e produto”, diz a responsável técnica da Embio, Patricia Schumacher.

Ela explica: “Ganhamos mais visibilidade depois que entramos para o processo de incubação e recebemos todo apoio e acompanhamento de gestão, o que tem nos ajudado a crescer cada vez mais”.

O produto

A principal característica do fertilizante é que ele é desenvolvido para o equilíbrio do solo e, por isso, a recomendação para os produtores é utilizar o produto antes do plantio ou no período de planta baixa, garantindo assim melhor produtividade.

Para o uso do fertilizante orgânico da Embio, geralmente, segundo a técnica, são investidos em torno de R$ 150 por alqueire plantado. O resultado é de 10% no aumento da produtividade final.

O Embio FL1300 começou a ser desenvolvido pela empresa há pouco mais de cinco anos. Durante o processo, a fórmula foi sendo aprimorada, com base em testes em algumas propriedades do Paraná.

Após a entrada para a incubação do PTI, a empresa ganhou força de mercado e passou a vender o fertilizante como produto regulamentado e registrado.

“Temos um cliente produtor que há cinco safras vem utilizando o nosso fertilizante para preparar o solo e, a cada safra, melhora a sua produtividade sem estagnar, o que demostra a eficiência do produto”, destaca Patrícia.
Para o diretor superintendente do Parque Tecnológico Itaipu, Jorge Augusto Callado, o apoio aos novos negócios fomenta um importante compromisso do parque em promover o desenvolvimento das comunidades. “Estaremos em constante apoio aos ecossistemas de inovação que atendam à nossa vocação regional”.

Expectativas
Para 2019, a previsão da empresa é superar as vendas deste ano. Como meta, a intenção é crescer pelo menos 50% ao ano pelos próximos cinco anos. “Além do fertilizante, já estamos desenvolvendo três novos produtos ainda em fase de testes e de registros, mas que para o ano que vem pretendemos lançar no mercado”, ressalta uma das responsáveis da Embio, concluindo que este tem sido um bom momento na área de negócios sustentáveis.

A Incubadora
A Incubadora Santos Dumont, parte do Programa de Desenvolvimento de Negócios do PTI, possui sede no Parque Tecnológico Itaipu e conta com duas filiais, uma na Uniamérica, em Foz do Iguaçu, para projetos específicos de alunos da faculdade, e outra em Marechal Cândido Rondon.

De 2006 até 2017, foram lançados 11 editais para incubação. Neste período, 56 empresas passaram pela Incubadora do Parque, gerando um faturamento de aproximadamente R$ 50 milhões.