Matéria deste final de semana d’O Paraná aponta que o faturamento das seis concessionárias que exploram as rodovias do Anel de Integração no Paraná chega a quase R$ 1 bilhão neste ano, mas o valor é questionado pelo IBT (Instituto Brasil Transporte) que cobra a instalação do pedagiômetro nas praças de cobrança das tarifas, conforme a lei proposta pelo deputado Romanelli (PSB) e sancionada em 8 de janeiro de 2016.
“O IBT diz que legislação de 2016 previa sensores no asfalto para cálculo de veículos e telões deveriam informar arrecadação em tempo real em todas as
praças”, registra a repórter Juliet Manfrin. “Se não implantou ainda é porque há algo de errado. O que as concessionárias querem esconder já que pagamos o pedágio mais caro do planeta”, diz Romanelli.
Para chegar aos valores, o jornal usou dados dados da Agepar (Agência Reguladora do Paraná) que indicam um faturamento de R$ 933 milhões pelas seis concessionárias – Ecocataratas, Viapar, Caminhos do Paraná, Rodonorte, Ecovia e Econorte – e um tráfego de 41,1 milhões de veículos nas praças de pedágio.
Leia a seguir outros trechos da reportagem.
Pedagiômetro – Os dados são questionados pelo IBT que cobra a instalação de equipamentos de controle de tráfego nas praças de pedágio do Estado, por sensores na pista e informações em telões para abastecer o chamado Pedagiômetro. A lei jamais saiu do papel. “Ao menos não da forma como deveria”, denuncia o Instituto.
A lei previa, inclusive, que os dados fossem mostrados em tempo real nas praças, com transmissão simultânea ao DER (Departamento de Estradas de Rodagem), a quem caberia repassar à Agepar, para que se formasse um banco de dados para análise de fluxo, estudos de ampliação de capacidade de tráfego, avaliação de níveis de serviço e desenvolvimento de projetos de restauração de pavimento.
O IBT alerta que as informações divulgadas no chamado Pedagiômetro, disponíveis no site da Agepar, “podem não passar de suposições” e mascarar o que as concessionárias de fato arrecadam em todo o Anel de Integração.
Agepar – Procurada para falar sobre o Pedagiômetro, a Agepar disse que a “contagem deve ser feita pela concessionária e a conferência pelo Departamento de Estradas de Rodagem, que também é responsável pela cobrança da implantação do Pedagiômetro”.
O Instituto Brasil Transportes, que investiga a fundo contratos, aditivos e concessões desde o início dos anos 2000, já havia denunciado ao Ministério Público no ano retrasado a tentativa do DER-PR de destinar R$ 26 milhões para contratar uma empresa que fiscalizaria os pedágios, incumbência da Agepar.
No site da Agepar, logo abaixo dos números do Pedagiômetro consta a informação de que a arrecadação e o tráfego no Anel de Integração estão disponíveis em atendimento à lei de 2016 e que os dados são atualizados a cada 24 horas, sob a responsabilidade do DER.
link da matéria
https://oparana.com.br/noticia/pedagiometro-lei-para-contar-veiculos-e-valores-nunca-foi-implantada/
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