Nas simulações de segundo turno nas eleições 2018, Jair Bolsonaro (PSL) perde para Ciro Gomes (PDT) – 44% a 33% –, Marina Silva (Rede) – 43% a 33% – e Geraldo Alckmin (PSDB) – 41% a 32%– , e empata tecnicamente com Fernando Haddad (PT) – 36% para o ex-prefeito e 37% para o deputado –, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada nesta quarta-feira, 5. As informações são de Daniel Bramatti no Estadão.
Nas simulações de disputas de segundo turno, o Nordeste aparece como a região mais problemática para Bolsonaro. Lá, ele perderia por larga margem para os candidatos do PDT (55% a 21%), da Rede (51% a 24%), do PSDB (46% a 22%) e do PT (43% a 27%). Curiosamente, Alckmin venceria o candidato do PSL mais facilmente no Nordeste do que em sua região, o Sudeste (onde o placar seria 39% a 35% para o tucano).
O capitão da reserva lidera no quesito rejeição: 44% não votariam nele de jeito nenhum. A seguir vêm Marina (26%), Haddad (23%), Alckmin (22%) e Ciro (20%).
O Ibope ouviu 2.002 eleitores, em 142 municípios, entre os dias 1º e 3 de setembro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. Isso significa que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O registro na Justiça Eleitoral foi feito sob o protocolo BR-05003/2018. Os contratantes foram o Estado e a TV Globo.
A divulgação do levantamento estava prevista para terça-feira, 4, mas foi necessário adiá-la em razão de uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral. O registro inicial da pesquisa, feito no dia 29 de agosto, ainda trazia um cenário com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, como candidato. Porém, na madrugada de sábado, dia 1° de setembro, o TSE indeferiu o registro de sua candidatura.
Diante do ocorrido, o Ibope decidiu retirar da pesquisa o cenário com Lula, e manter apenas o que trazia Haddad em seu lugar. Como as perguntas feitas não seguiram exatamente o roteiro previsto no questionário registrado na semana anterior, foi necessário consultar o TSE. Na tarde desta quarta-feira, o ministro Luiz Felipe Salomão decidiu não analisar o mérito da questão, alegando que o Ibope não poderia ter feito a consulta, por não ser “autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de partido político”.
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