O Hospital Municipal de Foz do Iguaçu realizou a primeira captação de órgãos em 2016. A captação foi realizada durante toda a madrugada dessa quinta-feira (11), efetuada após a autorização da família de um paciente de 20 anos, vítima de Traumatismo Cranioencefálico (TCE) grave e que teve a morte encefálica confirmada através de exames realizados seguindo rigorosamente todos os itens descritos no protocolo específico.
A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) realizou a abordagem junto à família para a doação, que num gesto nobre e fraterno consentiu a doação dos órgãos do jovem.
Foram doados o fígado, pâncreas e rins. “Trabalho, dedicação e comprometimento de uma equipe multidisciplinar, que acima de tudo, respeita todas as partes envolvidas”, disse a gerente de Divisão da UTI e secretária da CIHDOTT, enfermeira Karin Aline Zilli Couto.
De acordo com a enfermeira, o processo para diagnóstico de morte encefálica para a captação de órgãos exige o cumprimento de uma série de protocolos bastante criteriosos, para os quais a equipe do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, está rigorosamente preparada e capacitada.
Karin ainda explica que a doação só pode ocorrer com autorização da família, após a realização de exames neurológicos que identifiquem a ausência de atividade cerebral – a chamada morte encefálica. Além disso, é necessário que o paciente não tenha doenças infectocontagiosas, infecções ou alterações estruturais decorrentes de traumas ou acidentes, por exemplo.
Mesmo com a triste situação da perda, a atitude desses familiares fez aumentar o número de doadores no Brasil. “É necessário desmistificar certas questões sobre a doação de órgãos e isso só é possível por meio da informação, do diálogo entre familiares, a fim de que todos estejam verdadeiramente cientes sobre o benefício e a importância da doação”, afirma a diretora-presidente da Fundação Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu, Patrícia Foster Ruiz.
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