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Homem-bomba

Homem-bomba
Walmor Marcellino

Não estava agora por mais
do que cumprir as tarefas
honrando terra, amigos, pais,
classe e convívio, fás e nefas.
 
Queria prestar a todos serviço
cultuado e reconhecido forte;
destemida juventude, o viço
agrandado, destemor à morte.
 
Porém não estava a cenas
curtindo prazeres e satisfações;
se Alá lhe matasse as penas,
que apenas o matasse nas ações.
 
Que relâmpago daí nos ilumina:
tíbio pode julgá-lo, o usurário, o servo
um jornalista a soldo e sina?
Ressalto essa epopéia e não atrevo
dizer que mártires vão além
do que podemos também.