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Hélio Cury será reeleito presidente da FPF

Neste sábado (30), em Curitiba, a Federação Paranaense de Futebol (FPF) realiza sua eleição e atual presidente Hélio Cury deverá ser eleito para mais um presidente no comando do futebol paranaense. O vice-presidente Amauro Escudero Martins deve ser reconduzido ao mesmo cargo.

A chapa de Helio Cury teve o apoio de 56 clubes e ligas na inscrição da chapa Transformação: Apucarana Sports, Foz do Iguaçu, FCCascavel, Cascavel CR, Toledo, Operário, Londrina, Maringá, Paraná, Coritiba, Rio Branco, Cianorte, PSTC, Rolândia, Paranavaí, União Francisco Beltrão, Grecal, Andraus, Independente SãoJoseense, Prudentópolis, Verê, Iraty, Batel, Portuguesa Londrinense e Cambé.

Cury tem apoio ainda de cinco ligas de futebol amador – Araucária, Colombo, Campo Largo, Guarapuava e São José dos Pinhais. E os clubes amadores – Santa Quitéria, Iguaçu, Trieste, Urano, Caxias, Bangú, Fortaleza, Olímpico, Gente da Gente, Ipiranga, Imperial, Novo Mundo, Operário Pilarzinho, Tanguá, Santíssima Trindade, Renovicente, Shabureya, São Braz, Uberlândia, União Ahú, Capão Raso, Nova Orleans, Vila Sandra, Vasco da Gama, Vila Fanny e Vila Hauer.

Sede própria
A gestão de Helio Cury iniciou em 2008 com a FPF totalmente endividada, e sua sede indo a leilão por não pagamento de tributos federais, estaduais e municipais mais as contribuições sociais como INSS e FGTS dos empregados e seus colaboradores. Além disso havia também a penhora do estádio Pinheirão, na região do bairro Tarumã. A Federação não possuía sequer contas bancárias – pelo seu impedimento judicial – e as execuções trabalhistas não cessavam na era pós-Onaireves Moura.

A casa foi pacientemente colocada em ordem: execuções foram extintas, dívidas pagas, a sede e Pinheirão foram a leilão por valores que puderam quitar suas dívidas com o fisco e ainda permitir equilibrar as contas, certidões negativas foram obtidas e principalmente a regularidade e transparência das contas da FPF, bem como a mudança estatutária que permitiu a melhora e transparência da gestão do futebol paranaense.

Os escândalos da arbitragem, tão comuns à época de Onaireves Moura, não foram tolerados e o quadro de árbitros foi melhorado, com cursos, renovação e escolha de dirigentes da Comissão de Arbitragem à altura do futebol do Paraná.

A escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo em 2014 e ainda a sede de um grupo em Curitiba, mostrou a articulação competente de Cury perante a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e FIFA.

A segunda gestão de Helio Cury conseguiu equalizar todas as pendências, e ainda comprar – à vista – um edifício de 3 andares no bairro Santa Quitéria e ainda projetar o crescimento do futebol paranaense, que possui um campeonato regional dos mais antigos no Brasil – desde 1915.

Interior valorizado
Os times do interior Londrina e Operário Ferroviário foram campeões paranaenses em 2014 e 2015 (o campeonato do Centenário), e puderam subir, com apoio da FPF, nas divisões do Campeonato Brasileiro – da Série D até a Série B.

O Operário após a conquista do Estadual 2015 conseguiu ser campeão nacional seguido das Séries D e C, o Londrina da Primeira Liga e o Athlético Paranaense da Copa Sulamericana da Conmebol.

Outras equipes puderam disputar os jogos do Paranazão de igual para igual – alcançando as semifinais: Foz do Iguaçu, PSTC Procopense, Cianorte, Arapongas, Nacional (Rolândia).

Com a edição de nova legislação do desporto brasileiro (Profut), Helio Cury fez a adequação do estatuto, e neste caso as questões de transparência administrativa e modernização administrativa já estavam escritas no documento anterior da FPF, logo após sua eleição em 2008.

As restrições para a criação aleatória de clubes semi profissionais pelo Paraná afora foi implementada desde a primeira gestão de Helio Cury, bem como a punição para clubes e dirigentes que deixem de cumprir com as regras de integridade e transparência e as regras das competições organizadas pela FPF e CBF.

A Federação ampliou sua área de atuação para todas as formas de futebol masculino e feminino, incluindo modalidades como futebol de praia, futebol de salão e esportes eletrônicos de futebol.

Prestígio
A FPF reconquistou seu prestígio junto à CBF, e com a melhora da qualidade de seus árbitros, ampliou o número daqueles que atuam nacionalmente em todas as competições nacionais, além dos que obtiveram insígnia da FIFA (incluindo uma árbitra de Goioerê).

Oito clubes paranaenses com calendário nacional anual – Athletico Paranaense, Coritiba, Paraná, Londrina e Operário – e as três vagas rotativas da Série D, que são definidas pelo Paranaense do ano anterior e pela Taça FPF Sub 23 – inédita competição que conta com participação de equipes profissionais da 1ª e 2ª Divisão do paranaense e premia o campeão com uma vaga na Série D, como Maringá e Operário, com transmissão pela TV Educativa do Paraná, aos domingos de manhã.

Isto possibilita que dos 12 times que figuram na primeira divisão do paranaense, 8 equipes estejam com calendário anual para jogadores, comissão técnica e também para as categorias de base e formação de atletas de alto nível.

O apoio incondicional da FPF servirá para as equipes que disputem a Série D de 2019, possam galgar acessos à Série C, possibilitando que mais um ou dois times paranaenses obtenham calendário nacional, ampliando vagas para 10 clubes em todas as divisões do Brasileiro – de A a D.

Novos clubes
Clubes novos destacando-se como o sudoestino Verê (que conquistou um título paranaense na categoria sub 17 em 2018), o retorno do Iguaçu (União da Vitória) e os recém chegados Araucária e Azuris (Marmeleiro), que disputarão a Terceirona neste ano.

As divisões amadoras do futebol paranaense contaram com o apoio integral da FPF e principalmente no mais tradicional dos campeonatos que é o de
Curitiba, onde há duas categorias, e que disputam anualmente no adulto e juvenil.

É importante ressaltar o trabalho dos clubes amadores pelo Paraná afora, que revelam jogadores tais como Dione (ex Novo Mundo, hoje no Operário) e Thiago Cionek (ex Vila Hauer e Cuiabá, hoje na Seleção Polonesa).

Como bem destacou o ídolo paranaense Barcímio Sicupira ao entregar a taça que o homenageava no Paranaense 2019 à equipe do Toledo: “Antigamente era impossível pensar num time do interior disputar de igual para igual com os times da capital e ser campeão.”