“Ninguém fica burro demais só porque viu TV
As flores do mal são cogumelos de néon glacê
A juventude tem um tempo certo pra se corromper
O anarquismo é o anjo da guarda de todo prazer
E tome zine, zine, zine, zine, zine em papel de xerox
O futuro é preto e branco, e todo branco e preto pode ter
E tome zine, zine, zine, zine, zine em papel de xerox
Vem do fanzine, novo papo, nova onda, novo ABC
A camisinha anti-AIDS fez a deusa Vênus virar punk
O cantor de yê-yê-yê comportado é um cafajeste junk
Chegou a hora do alimento ser todo natural
Os vermes da terra apreciam um corpo legal
No país da Xuxa os vampiros usam fio dental
A ditadura justifica o bem, praticando o mal
Um dia as palavras não vão mais deslizar pela boca
A utopia vai ser a loucura de um guru-porra-lôca
Desejo quando não se arrisca é provocação
Liberdade faz gato e sapato da proibição
A beleza dá a volta ao mundo e a chuva cai
Meu amor cabe em três versos de um hai-kai”
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