Catástrofes da magnitude da que atingiu o Haiti podem ter dois desdobramentos: o desfecho trágico, sacramentando o fim de um povo ou de uma nação, ou, pelo contrário, um grande recomeço. Já vimos exemplos assim.
Povos foram varridos por cataclismos e guerras. Mas, por outro lado, nações se ergueram mais belas, mais justas, mais fortes, após viverem a mais avassaladora destruição. Podemos citar como exemplo os países atingidos em 2004 por um terrível tsunami, o que levou à maior mobilização de solidariedade global já vista.
As imagens da capital haitiana são de aniquilação e desespero. Mas o espírito de solidariedade que tem condoído as pessoas pelo mundo ante a situação no Haiti aponta para esse outro desfecho, o da reconstrução e do recomeço.
Governos, agências humanitárias, ONGs, igrejas, empresas, doadores e voluntários de todas as nacionalidades se movimentam para salvar os haitianos não só dos efeitos do terremoto mas também da situação de miséria extrema. A onda de solidariedade terá que ser maior do que o abismo em que o Haiti foi lançado. E isso é possível.
Trecho do artigo da senadora e pré-candidata à presidente Marina Silva (PV-AC).
Deixe um comentário