Os guardas municipais de Curitiba fazem um dia de paralisação amanhã (quinta-feira, 20). O movimento é liderado pelo sindicato da categoria. “Essa paralisação é um alerta ao prefeito Gustavo Fruet pelo não cumprimento do envio do plano de cargos e carreira aos vereadores para análise e votação, além de outras promessas que não foram cumpridas pelo atual prefeito”, diz o presidente do Sigmuc, Luiz Vecchi.
Os guarda municipais reivindicam a criação da academia da guarda (proposta de campanha), corregedoria, aumento do efetivo (no mínimo o dobro do atual), estatuto da categoria (os guardas municipais são servidores diferenciados), a gratuidade no transporte público, sem uso do uniforme, além do fornecimento de infraestrutura adequada nos módulos. “Falta de gás de cozinha para as refeições, água potável e até mesmo de papel higiênico”.
Vecchi destaca que as negociações com a prefeitura vêm se estendendo desde o ano passado sem nenhum resultado. “Participamos de diversas reuniões na Secretaria de Recursos Humanos, muitas promessas foram feitas e nada de concreto foi realizado. A guarda municipal não pode mais viver nesse mundo de fantasias da gestão pública”, desabafa. O dirigente sindical chama a atenção de que a aprovação do plano de carreira tem de acontecer antes dos jogos da Copa. “ Sabemos que no período dos jogos da Copa do Mundo pouco vai ser feito, e pior: depois da Copa o que vai sobrar aos curitibanos e ao município é uma grande dívida financeira e social”.
O dirigente lembra ainda que mesmo após 15 meses da nova administração na prefeitura, ainda não houve a nomeação do secretário da Secretaria Municipal de Defesa Civil. “ A segurança pública em Curitiba vive dias de improviso, com algumas indicações de cunho político e que desconhecem os problemas da guarda municipal, e isso é inadmissível para uma cidade que se projeta como sendo de primeiro mundo”, disse Vecchi.
O sindicato programou para quinta-feira, além da paralisação dos serviços da guarda, a concentração dos trabalhadores na Praça Tiradentes, em Curitiba, às 9 horas. “ Caso não haja uma proposta consistente do prefeito quanto às nossas reivindicações, faremos uma caminhada até o prédio da prefeitura, onde uma assembleia da categoria irá decidir os rumos do nosso movimento, inclusive com o indicativo de uma greve por tempo indeterminado”, concluiu Luiz Vecchi.
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