Greve: policiais civis entram em confronto com PMs
Tais Laporta – Direto de São Paulo
Policiais civis que realizavam uma passeata nesta tarde nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, entraram em confronto por volta das 16h com policiais militares. A Polícia Civil está em greve no Estado desde o dia 16 de setembro. Os manifestantes teriam tentado furar um bloqueio da PM. Ainda não há a confirmação do número de feridos, mas o Hospital Israelita Albert Einstein confirmou que recebeu vítimas do confronto.
Estão no local carros do Corpo de Bombeiros, camburões da PM e da tropa de choque, que chegou a utilizar bombas de gás de pimenta e lacrimogênio contra os grevistas. Dois helicópteros e uma ambulância também foram enviados para a área.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo não se pronunciou ainda sobre o caso. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o trânsito estava bloqueado às 16h40 na praça Roberto Gomes Pedrosa, avenida do Morumbi (sentido ponte do Morumbi), avenida Giovani Gronchi e rua Padre Lebret.
O presidente da Associação dos Funcionários da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Elquias de Oliveria (AFPCESP), disse que os policiais civis que estavam na manifestação pediram, por meio de carro de som, que eles largassem os escudos e cacetes para entrar no Palácio dos Bandeirantes para protestar.
"A PM veio agredindo os policias civis. E os policiais civis gritavam através do carro de som que estavam com o mesmo salário arrochado e que eles guardassem os escudos e cacetes e os acompanhassem no protesto ao governo, porque mais de 100 mil policiais civis e militares estavam passando fome e eles estavam jogando bombo contra os policiais", disse Oliveira.
Segundo o presidente da associação, o confronto entre os policias aconteceu atrás do Palácio quando os policiais civis iam começar a subir para ir para a frente do Palácio. "O objetivo é protestar em frente ao Palácio. Evidente que lideranças queriam que governador os recebesse".
"O tumulto foi criado pelo governo e pela Polícia Militar, porque os PMs estão a serviço do governo", disse o presidente da Associação dos Funcionários da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
Redação Terra
Deixe um comentário