A greve dos caminhoneiros, iniciada na quarta-feira da semana passada, já traz reflexos negativos para a população. Sem a reposição no estoque de combustíveis nos postos, a escassez já começa a afetar várias cidades. Em Pato Branco, no sudoeste do Paraná, alguns estabelecimentos ficaram sem gasolina nesta segunda-feira (23). Em outros lugares que ainda tinham combustível, o litro da gasolina chegou à casa dos R$ 5,00. As informações são do Bem Paraná.
Outra cidade que vem sofrendo com a greve é Foz do Iguaçu. Na cidade, alguns postos estão sem gasolina desde sábado. Já em Francisco Beltrão, também no sudoeste do Paraná, o litro da gasolina está saindo por R$ 4,40. Salto do Lontra, Marmeleiro e Nova Esperança do Sudoeste são outros municípios afetados. Em Dois Vizinhos, o estoque de etanol terminou ainda no sábado e apenas dois postos, segundo a reportagem do CGN, tinham combustíveis – gasolina aditivada, saindo por R$ 5 o litro.
Diante da situação, muitas pessoas foram reclamar com o Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor do Paraná (Procon-PR).
As pessoas devem se dirigir ao local com fotografias ou notas fiscais para formalizar a reclamação. As provas depois serão encaminhadas ao Ministério Público.
Aviões
Por causa da escassez de gasolina e etanol, a Infraero estabelecu um plano de contingência. Desta forma, o abastecimento foi interrompido para aeronaves particulares. Às empresas, ainda foi repassada a orientação para que os aviões que chegarem em Foz do Iguaçu já venham abastecidos o suficiente para continuarem a viagem.
Farmácias
Outro problema que começa a afetar os municípios do sudoeste paranaense são os atrasos na chegada de medicamentos até o comércio local. Por enquanto, porém, os produtos ain da estão chegando. Algumas cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, contudo, tiveram o envio de medicamentos cortado.
Fábricas fechadas
Sem conseguir transportar os produtos nas cidades de Francisco Beltrão e Dois Vizinhos, a BRF, que detém as marcas Sadia e Perdigão, interrompeu nesta segunda-feira a produção de aves. Segundo a empresa, a interrupção dos serviços é por causa dos protestos nas rodovidas, principalmente na região das duas fábricas, que dependem do transporte nas rodoviais para fechar todo o cilho de produção e comercialização dos produtos.
Os protestos
Os protestos dos caminhoneiros começaram no dia 13 de fevereiro, mas se intensificaram após o Carnaval. Nesta segunda-feira , eram 24 pontos de interdição nas rodovias estaduais, segundo informou a Polícia Rodoviária Estadual. Já nas rodovias federais são 13 trechos bloqueados, de acordo a com Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A categoria reivindica melhores estradas, redução no preço dos combustíveis e mudança na tabela do frente para que seja cobrado por quilômetro, rodado, não mais por viagem. Os caminhoneiros também reclamam dos altos preços dos pedágios no Paraná e dos impostos.
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