Aroldo Murá conta na coluna que a Secretaria Municipal de Defesa Social de Curitiba informou, dia 5, oficialmente, ao vereador Professor Euler, respondendo a um seu pedido de informação, que a Consilux (serviços de radares) recebe R$ 464.003,23 por mês do Município. Recebe este valor mensal desde 2012, quando o então prefeito Luciano Ducci, diante de denúncias de irregularidade, resolveu converter o contrato em ‘ocupação provisória’. O provisório era apenas o tempo necessário para lançar uma nova licitação. Contudo, estranhamente, se passaram 8 anos e os pagamentos à Consilux continuaram. Essa irregularidade é do conhecimento geral e condenável sob qualquer título.
Foi se eternizando, como se fosse possível tornar legal o ilegal. Diante dessa aberração legal, um velho latinista, um tipo em extinção, recorreu a um sábio, Roberto Belarmino, santo jesuíta, para explicitar a excrescência, manobra inexplicável: “Propter necessitatem, eficitur licitum ilicitum”. Quer dizer: transforma-se em lícito ilícito, diante da necessidade. Mas que necessidade essa, prefeito Greca? Na verdade, há mais problemas e ilegalidades brotando, nada exemplares, do Palácio 29 de Março, do Centro Cívico. Elas são, no entanto, por ora, sufocadas pelo “Curitiba bem cuidada”. Mas, felizmente, entram para a História e um dia serão expostas no “currículo” do atual alcaide.
POR QUE ESCONDEM?
Para não fornecer o quantum recolhido a título de ISS, pelos valores dos serviços prestados pela Consilux para o Município de Curitiba, decorrentes dos radares instalados, o Secretário de Finanças, Vitor Puppi, e o prefeito Rafael Valdomiro Greca de Macedo negaram a informação ao órgão de fiscalização por excelência. Protelaram além da conta para dar alguma satisfação aos cidadãos. No caso, o deboche foi contra a Câmara Municipal, onde poucas vozes, infelizmente, fazem o trabalho constitucional de fiscalizar o Executivo. Uma das exceções é o vereador Professor Euler (PSD); outra, a professora Josete.
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