O deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSD) afirmou nesta segunda-feira, 5, que a gravidez na adolescência se tornou um grande desafio na saúde pública do Brasil e que é necessário quebrar os tabus que impedem o debate sobre a importância da educação sexual no país. “Pesquisa do Ministério da Saúde revela que 1.000 bebês nascem todos os dias no Brasil de mães adolescentes”, aponta.
“A pesquisa ouviu relatos de mães de 10 a 19 anos para pautar, obviamente, ações para evitar a gravidez precoce, mas mostra que 67% dessas meninas já não estavam estudando mais quando os filhos nasceram, 79% não voltaram para a escola e quase 60% dizem que perderam o círculo de amizades após a gravidez”, completa.
O deputado aponta ainda que em grande parte dos casos, os pais das crianças de mães menores “sumiram” e nem apoiam a criação dos filhos. “As mães adolescentes terão muitas dificuldades para enfrentar a vida adulta e criar seus filhos”, disse.
Desigualdade – Romanelli afirma que parte desta situação pode ser enfrentada com políticas públicas de equidade de gênero. “Nós temos uma desigualdade social recorde no país e não é simples tratar de mais esse desafio na esfera pública”.
“Na verdade, temos que quebrar tabus, temos que discutir o tema de educação sexual, na família, na escola, onde for possível, para que as crianças e jovens efetivamente tenham consciência de que têm que tomar os cuidados necessários
Na Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência – entre 1º e 8 de fevereiro -, o Ministério da Saúde alerta que a gravidez de meninas e adolescentes impacta na saúde das mães e dos recém-nascidos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gestação nesta faixa etária é uma condição que eleva a prevalência de complicações para a mãe, para o feto e para o recém-nascido, além da possibilidade de agravamento de problemas socioeconômicos já existentes.
Deixe um comentário