O presidente Jair Bolsonaro e seus aliados avaliam que um eventual depoimento do ministro da Economia, Paulo Guedes, na CPI da COVID-19, pode ampliar os desgastes do governo.
De acordo com publicação do portal UOL, a preocupação é que possíveis declarações do ministro possam prejudicar o presidente.
Em abril de 2019, em audiência no Congresso sobre a proposta de reforma da Previdência, Guedes discutiu com parlamentares.
“Não vejo motivo nenhum para uma convocação tão estapafúrdia como essa [de Guedes]. Não acredito que ela venha a acontecer”, afirmou ao UOL o senador governista Ciro Nogueira (PP-PI), membro da CPI.
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19 realiza oitiva do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, no dia 4 de maio de 2021
Em seu depoimento, na última terça-feira (4), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que Guedes é uma pessoa “desonesta intelectualmente” e que não “ajudou em nada” durante a pandemia.
“Esse ministro, ele não soube nem olhar para o calendário [de vacinação] para falar ‘puxa, não tem vacina sendo comercializada no mundo…’. Eu só posso lamentar. O ministro da Economia não ajudou em nada, pelo contrário. Só ligava e falava ‘já mandei o dinheiro, se virem, agora vamos tocar a economia'”, relatou Mandetta.
Ainda de acordo com o portal, pessoas próximas ao ministro da Economia admitiram que ele ficou “bastante incomodado” com as declarações de Mandetta e que precisará passar por algum tipo de treinamento caso tenha que depor.
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