O governador Beto Richa determinou que os técnicos do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) incluam a ponte sobre a baía de Guaratuba na licitação do projeto da BR 101. O edital de licitação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) que deveria ser lançado em fevereiro deve ser publicado no próximo mês.
Outra mudança, é que o traçado que estava sendo previsto da BR 101 no Paraná até a BR 116, na divisa com São Paulo, será estendido para fazer a ligação com o último trecho da 101 no estado vizinho.
A BR 101 (Rodovia Governador Mario Covas) corta o litoral do Brasil entre Touros (Rio Grande do Norte) e São José do Norte (Rio Grande do Sul), mas é interrompida em um trecho entre os municípios paulistas de Peruíbe e Iguape e entre Cananeia (São Paulo) e Garuva (Santa Catarina). Ou seja, pula o Estado do Paraná.
A inclusão do trecho paulista foi um pedido do governo federal, a quem o governo do Paraná vai doar o estudo. Isto pode indicar uma disposição de Brasília em realizar a obra. Também atrairá o interesse dos paulistas e de diversos grupos que seriam beneficiados pela rodovia.
Urgência
Segundo fonte do governo, o DER já tinha praticamente pronto o edital para licitar o EVTEA da rodovia e estava iniciando o estudo referencial para licitar o EVTEA da ponte no segundo semestre. A segunda licitação foi determinada pelo governador depois que ele foi cobrado pela prefeita de Guaratuba, Evani Justus, no dia 18 de janeiro. Uma semana depois ele telefonou ao deputado Nelson Justus para dizer que havia determinado urgência nos estudos da ponte. Após o Carnaval, reforçou o pedido e exigiu que o edital incluísse as duas obras.
Análises e previsões
Para técnicos do governo, a construção da ponte na baía sem outra via entre Santa Catarina e os municípios do litoral do Paraná poderá trazer ainda mais transtornos para Guaratuba. Técnicos também consideram que, com a BR 101 para receber o tráfego pesado e movimentar a economia da região, a ponte precisaria atender apenas a demanda do movimento entre Guaratuba e Matinhos e dos turistas de verão. Poderá ser uma construção menos grandiosa que a pretendida no governo anterior e não precisaria de desvios da estreita PR 412 entre os dois municípios.
A realização de um estudo único e a inclusão do trecho paulista da rodovia, no entanto, aumentará o valor da licitação e deverá exigir mais tempo. Segundo técnico do próprio governo, depois do EVTEA e antes da licitação das obras serão necessários contratar projetos executivos das mesmas. A estimativa da fonte é que, “se tudo correr otimamente bem e todos conspirarem a favor de pelo menos uma das obras”, ela não começa antes de 2015.
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