O jornal Financial Times afirma hoje, em editorial, que a presidente Dilma Rousseff teve um início de governo "encorajador", em razão das várias posições que já diferenciam sua administração da anterior, comandada por Luiz Inácio Lula da Silva. Para o Financial Times, um dos piores aspectos de Lula era sua aproximação com o Irã e sua recusa em falar a respeito dos abusos contra os direitos humanos praticados na nação persa.
De acordo com o jornal, Dilma acertou ao criticar a postura do governo anterior de não ter se aliado à Organização das Nações Unidas (ONU) na condenação aos apedrejamentos praticados no Irã. Isso poderá facilitar a aproximação do Brasil e dos Estados Unidos, principalmente porque a nova postura brasileira foi muito bem recebida em Washington. Porém, o diário também afirma que essa aproximação só vai avançar se Brasília passar a encarar de maneira mais séria as evidências de que o programa nuclear iraniano não tem finalidades apenas civis.
O editorial também diz que na política interna Dilma Rousseff acertou ao adotar medidas para diminuir os gastos públicos, que haviam sido ampliados no governo anterior. O texto cita que a presidente assegurou "o menor aumento possível" do salário mínimo. Mas a lista de tarefas não termina aqui, diz o FT: o nível de poupança necessita de estímulo e o sistema de impostos precisa ser simplificado. (Via Agência Estado)
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